A jovem Susanna Kaysen nunca conseguiu se encaixar nos padrões da escola, da família e da sociedade. Com o término do ensino médio, a garota não sabe qual caminho seguir e as complicações da transação entre adolescência e vida adulta se tornam mais difíceis quando ela tenta se matar.

O filme “Garota Interrompida”, baseado no livro de mesmo nome escrito por Susanna Kaysen, a protagonista, mostra como a década de 60 encarava os sintomas de borderline, ou Transtorno de Personalidade Borderline e outras doenças psicológicas que eram encaradas com brutalidade, preconceito e desinformação.

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O que é Borderline?

O Borderline também é chamado de Transtorno de Personalidade Limítrofe, Síndrome de Borderline ou Transtorno de Personalidade Borderline, e é caracterizado por mudanças súbitas de humor, comportamentos impulsivos e autodestrutivos, autoimagem distorcida, compulsões, descontrole emocional, entre outros.

Esse transtorno de personalidade gera episódios intensos de raiva,ansiedadedepressão, e cria uma pessoa instável com imensa dificuldade em criar laços.

A palavra “borderline” vem do inglês e significa “na fronteira”, fazendo alusão aos portadores da condição que vivem no limite entre a neurose (perturbações sensoriais, motoras, emocionais e/ou vegetativas de origem psíquica que conservam a referência à realidade) e a psicose (há perda de noção da realidade).

Existem tipos de borderline? Qual o tratamento para borderline? Borderline tem cura?

Para saber mais sobre o transtorno borderline, acesse o nosso artigo completo clicando aqui!

Borderline: Sintomas

1 – Autoimagem distorcida 

A pessoa com transtorno borderline não possui uma imagem clara de quem é, seja na personalidade ou sobre seu próprio corpo. A instabilidade sobre sua essência pode criar baixa autoestima de extrema dependência emocional pelos outros. 

Uma das marcas desse distúrbio de personalidade se encontra na pele. O borderline frequentemente se esconde por trás de tatuagens para suprir a falta de identidade. Além disso, a automutilação pode ser uma das consequências do quadro, afetando a saúde psicológica e física do paciente, já que a ação é perigosa e traz riscos à vida. 

2 – Descontrole emocional

Controlar as emoções é uma tarefa muito complicada para quem sofre do transtorno de personalidade borderline. As emoções estão frequentemente à flor da pele através de episódios de fúria, descontrole, irritabilidade, pânico e agressividade. Se não for tratado de forma apropriada, esse comportamento pode ser extremamente perigoso tanto para o paciente quanto para aqueles que o cercam.

Os pacientes com borderline muitas vezes agem sem pensar nas consequências, seja com compras, abuso de substâncias ilícitas, sexo, etc. A impulsividade é um dos traços da doença e gera ações imprudentes e com tendências à compulsão. 

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3 – Irritabilidade (agressão e automutilação)

O transtorno da personalidade borderline causa muita irritabilidade ao paciente, podendo gerar agressividade a ele mesmo e aos que o cerca. A violência pode ser a saída para quem não consegue domar os sentimentos, sendo ela uma válvula de escape.

Aliviar a angústia emocional no próprio corpo através de ferimentos, cortes, queimaduras, entre outros, é um traço muito comum entre os pacientes. Por terem uma noção deturpada de sua própria imagem, os indivíduos que sofrem do transtorno praticam a automutilação para aliviar as dores emocionais.

4 – Sentimento de abandono e solidão

As relações são intensas e instáveis ​​com familiares, amigos e entes queridos do paciente borderline.   As emoções são fortes e passam do controle, resultando em episódios de extremo afeto e de extrema fúria ou desvalorização. As paixões são fulminantes, mas passageiras.  

Por terem esse sentimento exagerado com as pessoas que ama, o borderline acaba depositando nelas todo o seu amor, afeto e dependência. 
Ele sente medo de ficar sozinho e de ser abandonado. Por isso, os pacientes borderline podem se tornar um tanto possessivos com seus relacionamentos.

5 – Alterações de humor

As mudanças repentinas de humor variam entre momentos de extrema euforia e de profunda melancolia. Na fase melancólica, pode se assemelhar aos sintomas da depressão ou até ocorrer uma comorbidade, termo médico referente à existência de duas ou mais doenças simultaneamente em um indivíduo.

Susanna Kaysen foi internada por seus pais na década de 60, devido a falta de conhecimento e pesquisas acerca da doença. Na época, ela era vista como louca. Felizmente, hoje os estudos sobre o transtorno são mais abrangentes e existem outras medidas antes de qualquer internação.

O acompanhamento psicológico é o primeiro passo para tratar do Transtorno de Personalidade Limítrofe. Medicamentos para borderline podem ser indicados, mesmo que ainda não exista consistência sobre suas melhorias e efeitos. Entretanto, o psiquiatra pode recomendar remédios para curar sintomas específicos, como alterações de humor, depressão, etc, fazendo uso de estabilizadores de humor e antidepressivos.

Nenhuma doença psicológica deve ser banalizada. Sem o tratamento psicológico adequado, o sofrimento só aumenta. 

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1 COMENTÁRIO

  1. Percebo que tenho dependência emocional pelos outros, a Irritabilidade e a Impulsividade existem de forma moderada, mas acabo depositando nas pessoas que amo todo o meu amor, afeto e dependência. Tenho medo de ficar sozinho e de ser abandonado e por isso me sinto um pouco possessivo.

    Por outro lado não tenho comportamentos destrutivos ou episódios intensos de raiva, ansiedade, depressão e jamais me mutilaria, nunca tive paixões fulminantes, mas passageiras ou ações imprudentes e com tendências à compulsão e nunca faria tatoos kkk

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