Amor e depressão são palavras dificilmente relacionadas. Afinal, o amor remete a coisas positivas. Entretanto, o fenômeno da desilusão no amor possui impactos negativos, que muitas vezes, ocasionam no surgimento da depressão amorosa, por exemplo.
No entanto, o casamento é a representação máxima do comprometimento num relacionamento. O amor está no ar, a felicidade é plena no dia em que as alianças são trocadas e o casal exala prosperidade. Porém, mesmo assim, um a cada três casamentos terminam em divórcio no Brasil.
Sentir a tristeza no período pós-término é doloroso. Depressão e amor, então, fazem mais sentido nesse contexto. A dor e o sofrimento aparecem, mas, eventualmente, passam.
Existe depressão por amor?
A depressão trata-se de uma doença mental crônica que provoca a alteração no humor na pessoa e é caracterizada pela profunda tristeza. Durante a condição, sentimentos de dor, baixa autoestima, desesperança e amargura aparecem.
No entanto, as decepções amorosas nos provocam um efeito similar. Ficamos magoados e tristes por conta de eventuais términos. Além disso, a desilusão de amor serve como um dos gatilhos para o desenvolvimento de uma depressão
Sendo assim, a depressão amorosa pode acontecer. Logo, amor e decepção estão relacionados e, inclusive, existem diversas pesquisas realizadas para compreender a ligação entre eles. Então, quando escutarmos que alguém está com depressão por causa de amor, não devemos julgar. Pode ser um problema sério.
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Depressão amorosa e estudos acadêmicos
A decepção de amor é acompanhada de sentimentos negativos e é seguida de um período mais introspectivo. Com esse intuito, aparecem algumas pesquisas para compreender os efeitos que a separação provoca nos indivíduos.
Considerando os fatos, um estudo realizado com 117 pessoas e publicado na “PLOS One” procurou explorar se o término de um relacionamento romântico pode ser usado como modelo experimental para assim, estudar um estado semelhante à depressão durante um período de estresse em indivíduos sem transtorno psiquiátrico.
De acordo com a pesquisa, “Nossos resultados mostram que os efeitos de experimentar um término de relacionamento podem ser capturados com duas descrições: ‘perda repentina’ e ‘falta de afeto positivo’.”
Já um estudo publicado na “SAGE Journals” procurou compreender a depressão após término de namoro em jovens e as suas consequências para o restante da vida. 144 pessoas foram questionadas durante um período de quatro anos.
“Os resultados sugerem que níveis mais altos de sintomas depressivos durante a adolescência podem levar a mais dificuldade em se recuperar de uma ruptura no início da idade adulta emergente. Além disso, experimentar maior sofrimento de separação durante a idade adulta foi associado a maior dificuldade em lidar com um relacionamento romântico atual”, comentam os pesquisadores.
De que forma um término amoroso influencia na depressão?
A decepção com amor pode ter reflexos no próprio sentido “eu” – o que intensifica a depressão por causa do amor. No entanto, isso pode ser observado pois, quando passamos muito tempo juntos e compartilhamos nossas atividades e assim, logo rompemos com o vínculo, há a sensação de não pertencer a si mesmo, por costume de sempre estar com a outra pessoa.
A presença do “outro”, então, realmente apresenta reflexos em nossa vida. Ou seja, o término do relacionamento significa perder o companheiro, mas também significa que perdemos parte de nós mesmos.
“Casais podem não apenas vir a completar as frases uns dos outros, eles podem realmente vir a se completar. Quando essas relações terminam, os indivíduos experimentam não apenas a dor sobre a perda do parceiro, mas também mudanças em si mesmos, que contribuem de maneira exclusiva para o sofrimento pós-separação”, explica o artigo “Who Am I Without You? The Influence of Romantic Breakup on the Self-Concept”.
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Como melhorar de um término doloroso?
A depressão de amor atinge diversas esferas da nossa vida. Ainda, influencia nossos sentimentos, a maneira de lidarmos com relacionamentos futuros e, até mesmo, nossa noção de nós mesmos.
No entanto, a melhor forma de passar por esse período é procurando auxílio psicológico. Na terapia, podemos adquirir autoconhecimento e descobrir como estar só, aproveitando nossa própria companhia sem depender de ninguém.
Logo, a Telavita pode ajudar nessa luta. Agendar uma consulta com um de nossos psicólogos é dar um passo importante para o início do tratamento. Cuidar da saúde mental é importante!