Para muitos, a paternidade é transformadora e traz amadurecimento. Entretanto, para outros ela já pode ser desafiadora e até difícil. Nesse sentido, percebemos como virar pai mobiliza, independente da situação, afinal, são responsabilidades e consequências decorrentes desse fato.

Sendo assim, observo o quanto precisamos conversar mais a respeito desse novo momento. Nem todos estão preparados para isso, porém, devemos acompanhar um movimento interessante e necessário que está acontecendo.

Diferente de gerações anteriores que não conversavam muito, vejo um aumento de pais que procuram se atualizar e exercem um novo modelo de paternidade. Dessa forma, estão mais presentes e são mais próximos afetivamente dos filhos e família. Estamos falando de pais que estão na rotina e falam sobre sentimentos com os filhos.

Esse novo modelo é chamado de paternidade consciente e ele é muito mais saudável do que o seu anterior. Desse modo, o pai está presente, passa mais tempo de qualidade no cotidiano, fala sobre sentimentos e demonstra afeto para os filhos. Trata-se de uma mudança muito bem-vinda.

Quando nasce um pai

Pesquisas apontam para registros de mudanças no cérebro de homens ao vivenciarem a gestação e convívio com os filhos. Dessa forma, é realmente possível dizer que o instinto paternal é despertado quando ele precisa cuidar dessa nova vida, por isso, é importante integrá-los. Inclusive, algumas clinicas realizam um pré-natal especifico para o pai a fim de prepará-lo.

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Aliás, é importante que ele dê suporte também no momento anterior do parto, já que a trajetória começa ainda na gestação. Sendo assim, é necessário conversar e mediar os obstáculos desse novo capítulo, permitindo momentos de cuidado para a mãe, que enfrenta várias alterações físicas e emocionais na dinâmica familiar.

Esse período inicial é muito delicado, porém, trata-se da oportunidade perfeita para deixar aquela impressão positiva que ficará marcada na história. Estar presente nesses momentos, além de contribuir com a sua construção, favorece a saúde emocional de todos envolvidos deste núcleo familiar.

A paternidade consciente ao longo da vida

Na primeira infância, o contratempo mais citado em relação aos pais é a do cuidado compartilhado em tarefas. Sendo assim, muitos encontram dificuldades em contar histórias, trocar fraldas, ninar, brincar e etc.

Aliás, devo ressaltar que, geralmente, não estamos preparados para esta fase. Mesmo assim, preciso comentar o quanto o carinho faz toda a diferença para um bom vínculo afetivo, pois, ele permite momentos de cuidado para e com a mãe na dinâmica familiar.

Já na adolescência e juventude, o pai é igualmente importante na construção da identidade do filho. Dessa forma, atua como amigo, mas pontua limites e ajuda na educação. Além disso, existe um papel importante em ensinar sobre responsabilidades, sexualidade e tantas outras variáveis desta fase.

Ainda, precisamos tratar sobre o desafio que muitos enfrentam para desapegar dos filhos com a chegada da vida adulta. Muitas vezes ouço o quanto é difícil para ambas as partes esse momento, mas a comunicação aqui é fundamental. Então, a troca de experiência deve ser intensificada para preparar ao máximo os jovens a alcançar a independência.

Como alcançar a paternidade consciente?

O primeiro passo para estar mais alinhado com a paternidade consciente é aprender a dividir tarefas. Essa questão é importante para alinhar expectativas dentro do núcleo familiar e ajudará a não colocar o filho em risco. Então, coloque a mão na massa e realize os cuidados básicos, pois esse momento fará a diferença no vínculo afetivo pela vida a fora.

Além disso, é fundamental expressar gestos e palavras de afeto. Nesse tocante, o pai deve ter humildade para aprender a exteriorizar aquilo que sente. Falar de sentimentos e demonstrá-los e algo crucial na relação entre os membros da família.

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O diálogo é outro ponto importante na paternidade consciente. Aliás, a falta dessa aproximação prejudica grande parte das relações entre pais e filhos, principalmente, na adolescência. A ausência desse componente compromete o aprendizado de questões importantes e afeta a saúde emocional dos envolvidos.

A importância da reflexão

Refletir sobre o papel da paternidade ainda não é uma pratica natural dentro das famílias e escolas, porém, esta conversa pode prevenir relações disfuncionais. Além disso, o diálogo constante permite que cada vez mais pais presentes revivam sua infância e adolescência, ensinando suas experiências de vida para seus filhos.

Sabemos que nem sempre é tranquilo exercer este papel. É preciso lidar com mudanças internas e externas, além de se adaptar com a nova condição. Mesmo assim, é necessário fazer um esforço para construir um elo mais forte entre pais e filhos.

Problematizar esta discussão é urgente, pois educa e responsabiliza os pais e suas relações. Dessa forma, conseguimos melhorar ao promover a construção desta paternidade consciente e saudável.

O abandono afetivo paterno ainda é um tema frequente nas famílias. Tal fato provoca sofrimento e danos psicológicos importantes no filho. Portanto, devemos cada vez mais abordar a paternidade consciente e observar que também possuímos nosso papel como agentes transformadores.

Além disso, a psicoterapia online pode servir como um espaço de auxílio para os pais. Nele, é possível explorar as dúvidas e inseguranças, que certamente virão dos papais novatos. Sendo assim, o trabalho com um profissional capacitado pode desenvolver habilidades diante de dificuldades mais complexas nesta relação com a paternidade.

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Psicólogo especialista e atuante em clínica de Saúde Mental Multiprofissional (CAPS). Atendimento com foco em psicoterapia breve para cuidar da sua saúde emocional, o publico é destinado a jovens, adultos e idosos. Após a escuta e a avaliação psicológica, será indicado ações terapêuticas e reflexões personalizadas para o seu caso, visando a melhora das dificuldades e do bem-estar. Atuo com mediação de conflitos familiares quando solicitado, casos de crise emocional, pensamentos acelerados ou destrutivos, inseguranças, traumas, sexualidade. Atuo em casos de transtornos de ansiedade, depressão, bipolaridade, borderline, pânico, dentre outras patologias.

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