As questões psicológicas estão entre as três principais causas de afastamento do trabalho no Brasil. Segundo dados levantados pela Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda, 178.268 pessoas se afastaram do trabalho por conta de transtornos mentais e comportamentais em 2017.

Ainda, no Brasil, os problemas psicológicos representam a terceira causa de incapacidade dos trabalhadores. Logo, esses números correspondem a 9% da concessão de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez realizada.

Nesse sentido, são diversos os responsáveis pelo afastamento das pessoas no trabalho. A depressão, a ansiedade, o esgotamento profissional e até o uso de substâncias psicoativas podem resultar no abandono das funções.

Como acontece o afastamento por doença mental?

O afastamento do trabalho por questões psicológicas pode ser explicado pela presença de ambientes com pouco apoio social, às excessivas demandas e cobranças, recompensas inadequadas e comprometimento excessivo dos trabalhadores.

Contudo, antes de qualquer coisa, é necessário ressaltar que qualquer doença psicológica pode justificar o afastamento de funcionário. Para tal, é preciso que a condição incapacite a pessoa de exercer as suas funções laborais, conforme explica o artigo 59 da Lei 8.213, de 1991.

Dessa forma, para conseguir o afastamento pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), é necessário realizar um acompanhamento médico para verificar a condição do indivíduo. Contudo, o profissional de saúde mental é o responsável por avaliar as questões psicológicas e dizer se elas são causadas pelo ambiente de trabalho ou não.

O processo de avaliação

O processo de avaliação é determinado pelo diagnóstico. Entretanto, ao ser comprovado pelo profissional responsável que a condição é advinda do ambiente de trabalho, a empresa contratante é obrigada a comunicar o INSS da ocorrência.

Seguindo os protocolos, o trabalhador é encaminhado à perícia médica da instituição para uma avaliação completa. Sendo assim, é importante levantar os laudos médicos obtidos anteriormente para a documentação necessária ao solicitar o benefício.

Contudo, nesta perícia junto ao INSS é possível também provar se a incapacidade é temporária ou definitiva, que dará direito ao auxílio doença ou à aposentadoria por invalidez. Todos os colaboradores que passam por esse tipo de situação precisam de apoio da corporação.

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Causas psicológicas do afastamento do trabalho

Em relação ao afastamento do serviço por doença mental ainda existe um certo estigma. Doença psicológica não é frescura, mas mesmo assim, ainda há quem discorde. No entanto, cada vez mais, é possível perceber a resistência dos funcionários que apresentam questões psicológicas em procurar acompanhamento psicológico.

Contudo,  depende da gravidade e evolução quadro para o transtorno psicológico ser considerado como incapacitante. No entanto, as principais causas do afastamento do trabalho costumam ser pelo surgimento da:

Depressão

Normalmente, jornadas longas e exaustivas de trabalho causam um estresse emocional grande nos funcionários. Além disso, a utilização de metas agressivas e a constante falta de reconhecimento conseguem influenciar no comportamento depressivo.

Nesse sentido, o empregado acaba sendo levado ao limite dentro do ambiente de trabalho e pode apresentar sinais de depressão. Tristeza constante e perda total de interesse nas atividades cotidianas podem surgir em excesso, evoluindo o quadro e colocando o colaborador em perigo.

Síndrome de Burnout

Uma das síndromes mais comuns dentro do ambiente corporativo é a Síndrome do Burnout, também conhecida como síndrome de esgotamento profissional. Dessa forma, trata-se de um esgotamento de toda a reserva física e mental do indivíduo, por conta da carga excessiva de trabalho e o ambiente tóxico.

Sendo assim, é comum observar os colaboradores irritados, desanimados e com sensação de fracasso. Segundo a OMS, aproximadamente 30% dos empregados sofrem dessa síndrome no Brasil. Logo, o afastamento do trabalho é uma consequência.

Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)

O TAG se configura por quadros prolongados de ansiedade que impedem a pessoa de realizar atividades simples. Normalmente, quem sofre dessa doença tem preocupação excessiva sobre tudo e não consegue se desligar tanto dos problemas pessoais, quanto do trabalho.

A condição, geralmente, aparece após episódios de estresse. Nesse sentido, é possível perceber na pessoa alguns sintomas físicos, como fadiga, insônia, dores de cabeça e no estômago, além dela apresentar dificuldades na concentração e na realização de tarefas.

Como consequência, é muito provável que se o quadro ansioso for paralisante, a pessoa procure por um atestado por ansiedade para se ausentar no trabalho e cuidar de suas questões psicológicas.

Consumo de substâncias psicoativas

A dependência de substâncias psicoativas é reconhecida pela OMS como algo que gera compulsão. Além disso, retira o poder de entendimento e discernimento das pessoas. Portanto, é algo que precisa ser analisado com cuidado.

Um ambiente estressante de trabalho consegue atuar como um fator crucial para os trabalhadores virarem usuários dessas substâncias. Logo, o uso de psicoativos podem ser acentuados também, pelo quadro desenvolvido de uma depressão ou outro transtorno psicológico.

Vale ressaltar também, que ser dependente químico não é causa de demissão. Em contrapartida, o funcionário nesses casos é afastado de suas atividades até se estabilizar e poder voltar à sua rotina comum. 

LEIA MAIS: A importância da saúde mental no trabalho

O que fazer para impedir essas situações?

O afastamento por doença do trabalho não é fácil. Por isso, é importante as empresas estarem atentas para como a saúde emocional dos seus colaboradores estão. Dessa forma, uma cultura centrada no bem-estar dos funcionários é importante.

Boas práticas de gestão, líderes treinados e adesão a programas de saúde mental são as ferramentas mais utilizadas pelas empresas de sucesso para manter os funcionários saudáveis emocionalmente e engajados com o trabalho.

Aqui na Telavita, nós temos o Programa de Saúde Emocional (PSE).

O Programa de Saúde Emocional (PSE)

Criado para auxiliar a área de recursos humanos das empresas e impulsionar o crescimento saudável das corporações, o PSE faz um mapeamento completo dos índices de estresse, depressão e ansiedade dos colaboradores utilizando metodologias específicas.

Além disso, para prevenir ou tratar questões relacionadas ao trabalho, é disponibilizado um catálogo de psicólogos especializados para tratar cada funcionário de acordo com os seus respectivos problemas. Assim, será possível compreender as diversas esferas das causas do afastamento do trabalho e eliminar a questão isentando sua empresa de possíveis prejuízos.

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