Início Relacionamento Família A importância da ajuda familiar no tratamento e prevenção de transtornos psicológicos

A importância da ajuda familiar no tratamento e prevenção de transtornos psicológicos

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Todo ser humano pode se deparar com problemas psicológicos ao longo da vida, por isso a ajuda familiar no tratamento psicológico é tão significativa. De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria, no Brasil são 23 milhões de pessoas que necessitam de atendimento, representando assim 12% da população. 

Ao falarmos do mundo, chega-se ao total de 400 milhões de indivíduos que são afetados por transtornos mentais. Contudo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) os problemas mentais ocupam a quinta posição entre as dez principais causas de incapacidade do homem. 

Dessa forma, quando o problema vira estatística entre diversas famílias, é o momento de se pensar na relação como um todo. Sendo assim, é importante falar sobre como o grupo familiar pode ajudar algum ente querido na luta contra os transtornos psicológicos.

O que são transtornos psicológicos?

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os transtornos mentais são caracterizados por comportamentos e condições com alterações emocionais, podendo se expressar tanto no pensar, no modo de agir (comportamento) e também no humor.

Vale ressaltar que, um curto período de anormalidades, ou um único comportamento que seja considerado anormal, não significa que o indivíduo tenha realmente um transtorno. Portanto, para ser diagnosticado com um transtorno psicológico é preciso que os comportamentos tenham persistência.

No entanto, o  tempo para diagnóstico varia entre 6 meses, podendo somente após esse período dizer com precisão que a pessoa está com  transtornos mentais. Sendo assim, existe uma grande diferença do indivíduo ser depressivo ou se encontrar em um estado deprimido, entre outros possíveis distúrbios.

A família no tratamento psicológico

Após a reforma psiquiátrica da década de 70, foi-se pensado substituir todos os manicômios por novas iniciativas, que tratassem de fato a saúde mental. A partir deste momento os pacientes passaram a ter maior permanência em casa, e foi assim que os familiares ganharam a responsabilidade de garantir todas as suas necessidades básicas, desde atividades, medicações, alimentação, etc.

Em um estudo realizado pela USP na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, apontou que pessoas que sofreram de ataques psicóticos (PEP) tiveram maiores resultados positivos em seus tratamentos quando estiveram em contato e auxílio de seus familiares.

Os problemas desses pacientes vão além do transtorno que começa a se desenvolver em suas vidas, eles são uma barreira que surge em seu caminho e os impede até mesmo de voltar com autoconfiança à vida em sociedade. 

Dessa forma, é nesse momento em que a família é de extrema importância, pois além dos cuidados essenciais, ela será o sustento para que essas pessoas retornem ao seu normal com maior facilidade.

Dicas para ajudar os familiares

A família é aquela que acompanha toda a formação e desenvolvimento do indivíduo, por isso ao longo da vida é criado um laço familiar, que vai muito além de ligações biológicas. Nesses casos é preciso que todos de convivência sejam apoio ou suporte nos momentos de alegria ou dificuldade.

Logicamente que para a família não é uma situação agradável ver um membro familiar com transtornos psicológicos. Logo, é normal que os sentimentos interfiram, mas o importante é que todos não duvidem que o paciente será capaz de superar as limitações.

Portanto, a família é uma forte aliada quando o assunto é medicação, paciência, força, sendo importante agir sempre com consciência para que não adoeçam todos juntos. É necessário que prestem cuidados junto a médicos especializados e garantam a continuidade do tratamento.

Confira algumas dicas:

  • assegurar-se que a pessoa seja avaliada por um especialista;
  • ter paciência no convívio;
  • compreender a doença, através de leituras, pesquisas, entre outros meios;
  • compreender que o indivíduo não escolheu estar ou ser assim;
  • saber ouvir e dar atenção necessária;
  • demonstrar que compreende este momento difícil;
  • respeitar cada momento do paciente, incentivando atividades, mesmo na recusa;
  • lembre-se que em situações difíceis um abraço pode ser a melhor solução;
  • não se culpe.
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