O altruísmo é um termo utilizado para descrever a disposição ou o comportamento de agir em benefício dos outros, muitas vezes sem considerar os próprios interesses. Contudo, essa atitude envolve a prática de ações altruístas, que podem incluir ajudar, apoiar ou contribuir para o bem-estar de outras pessoas.

O altruísmo é comumente visto como uma qualidade moral positiva devido à sua expressão genuína de preocupação com o bem-estar alheio. Além disso, contribui significativamente para fortalecer os laços sociais. Porém, seu excesso também pode indicar perigo. Continue a leitura e saiba mais conosco.

O altruísmo excessivo

Embora o altruísmo seja, em sua essência, uma qualidade admirável, é essencial encontrar um equilíbrio saudável para garantir tanto o bem-estar pessoal quanto a eficácia das ações altruístas. 

Portanto, o altruísmo excessivo, embora enraizado em boas intenções, pode acarretar uma série de desafios e perigos. Desse modo, quando indivíduos colocam consistentemente as necessidades dos outros acima das suas, isso pode resultar em exaustão emocional e física.

Além disso, a falta de limites claros no altruísmo pode também prejudicar a autonomia e a capacidade de tomada de decisões individuais, subjugando as necessidades pessoais em prol do cuidado constante pelos outros. Logo, em alguns casos, o altruísmo desmedido pode ser motivado por uma busca por validação ou autoestima.

Por que ajudar as pessoas dá a sensação de bem-estar?

A sensação de bem-estar ao ajudar as pessoas é enraizada em complexas interações neurobiológicas e emocionais. Entretanto, quando nos envolvemos em atos altruístas, como oferecer apoio emocional ou simplesmente estender uma mão amiga, nosso cérebro libera neurotransmissores associados à felicidade, como a serotonina e a dopamina. 

Além disso, a conexão social estabelecida por meio da ajuda aos outros fortalece nossos laços interpessoais, proporcionando uma rede de apoio que contribui para a nossa saúde mental. Nesse sentido, a prática consistente de atos altruístas também está associada à redução do estresse, ansiedade e sentimentos de solidão. 

Todavia, o ato de ajudar não apenas beneficia os destinatários da nossa generosidade, mas também eleva nossa própria qualidade de vida, gerando uma cascata de bem-estar emocional e psicológico. Por isso, o altruísmo às vezes é viciante.

7 sinais de que você pratica o altruísmo de forma prejudicial 

Quando o altruísmo é praticado de maneira prejudicial, a generosidade pode transformar-se em um fardo para o indivíduo, resultando em exaustão constante. Isso, por sua vez, pode levar à negligência de suas próprias necessidades.

Confira os sinais de altruísmo prejudicial:

Exaustão constante

Se você se encontra constantemente esgotado emocionalmente devido às suas atividades altruístas, isso pode ser um sinal do altruísmo prejudicial. Sendo assim, o cansaço extremo pode indicar que você está negligenciando suas próprias necessidades.

Negligência das próprias necessidades

Caso você coloque regularmente as necessidades dos outros à frente das suas, ignorando demandas emocionais, pode estar praticando o altruísmo de maneira prejudicial. Logo, isso pode levar a consequências prejudiciais para o seu bem-estar geral.

Resistência ao autocuidado

Se sentir culpa ou resistência ao praticar o autocuidado e dedicar tempo para si mesmo, pode ser um indicativo de que o altruísmo está interferindo na sua habilidade de atender às suas próprias necessidades fundamentais.

Sacrifícios profundos na vida pessoal

Se suas ações altruístas estão causando sacrifícios significativos em sua vida pessoal, como a falta de tempo para familiares, amigos ou interesses pessoais, isso pode ser prejudicial para seu equilíbrio geral.

Sensação de exploração ou ressentimento

Se você começa a sentir-se explorado ou experimenta sentimentos de ressentimento em relação às pessoas que você ajuda, isso pode ser um indicador de que o altruísmo está sendo praticado de maneira prejudicial.

Falta de limites claros

Se não consegue estabelecer limites claros em suas atividades altruístas e se encontra sempre disponível para os outros, independentemente das circunstâncias, isso pode resultar em um desgaste prejudicial.

Desejo de validação externa

Se sua motivação para ajudar os outros está predominantemente vinculada à busca por validação externa ou aprovação, isso pode indicar que o altruísmo está sendo praticado de forma prejudicial para sua própria autoestima.

Como as sessões de terapia podem me ajudar nesse caso?

As sessões de terapia desempenham um papel crucial no suporte às pessoas que praticam o altruísmo excessivo. Em primeiro lugar, um terapeuta pode oferecer um espaço seguro para a expressão emocional, permitindo que o indivíduo explore seus sentimentos.

Além disso, a terapia pode auxiliar na identificação e compreensão das motivações subjacentes, ajudando a pessoa a discernir entre a genuína vontade de ajudar e a busca por validação externa.

Sendo assim, a terapia proporciona uma oportunidade para a reflexão sobre o equilíbrio entre cuidar dos outros e preservar o próprio bem-estar, promovendo uma abordagem mais saudável ao altruísmo. 

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