Mais de 2 milhões de pessoas sofrem com o alcoolismo no Brasil e 3.3 milhões morrem todo ano decorrente desse vício.
O consumo de álcool tem aumentado a cada dia, e isso se deve muito às questões psicológicas, principalmente às doenças da mente que não recebem o tratamento adequado, já que o problema ainda é cercado de muito preconceito. Afinal, há uma grande parcela da sociedade ainda envolta no tabu de que os males psicológicos são sinônimo de fraqueza ou loucura. E não é nada disso. Assim como o corpo, a mente também precisa de cuidados e de tratamento.
A dependência do álcool é um tipo de vício. A palavra vício tem origem do latim “vitium” e significa “falha ou defeito“. Para o dicionário Aurélio, a definição de vício é: Tornar mau, pior, corrompido ou estragado; alterar para enganar; corromper-se, perverter-se, depravar-se. Já para a Organização Mundial da Saúde (OMS), é uma doença física e psicoemocional.
No entanto, a psicologia vai mais à fundo e investiga não só as consequências, mas também as motivações, origens e características do vício e de seus dependentes. A área também entende o vício como um mecanismo de fuga emocional que visa a obtenção de prazer e extinção da dor.
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O que é etilismo
Ou melhor, o que é alcoolismo? Segundo o Hospital Israelita Albert Einstein, alcoolismo, ou ainda, etilismo, como também é conhecido, “é caracterizado pela vontade incontrolável de beber, falta de controle ao tentar parar a ingestão, tolerância ao álcool (doses cada vez maiores para sentir os efeitos da bebida) e dependência física, que se manifesta com sintomas físicos e psíquicos nas situações de abstinência alcoólica”.
As causas do alcoolismo
Alguns problemas emocionais pode servir como gatilhos emocionais para o alcoolismo, como ansiedade, angústia e insegurança, servindo como grandes facilitadores para alguém começar a beber. Além disso, ter fácil acesso ao álcool e a própria genética, como já explicamos anteriormente, aumentam as chances de dependência ao álcool. Uma das portas de entrada também pode ser a vontade de socializar, fazer amigos e ser aceito num grupo, já que alguns dos efeitos do álcool são a euforia e a desinibição, fazendo cada vez maiores os motivos para beber.
Além dos fatores externos, sabe-se que a genética tem muita influência na herança dos vícios. A Universidade de Fudan, em Xangai, China, divulgou uma pesquisa com roedores em que relata a propensão genética às drogas, por exemplo. Os cientistas observaram que os animais cujos pais tiveram contato com a cocaína eram os mais propensos a ter o vício. Nos seres humanos, isso ocorre em cerca de 20% das pessoas com esse histórico.
Em seu site, o Dr. Dráuzio Varella também explica: “O alcoolismo tende a ocorrer com mais frequência em certas famílias, entre gêmeos idênticos (univitelinos), e mesmo em filhos biológicos de pais alcoólicos adotados por famílias de pessoas que não bebem.”
Sintomas de Alcoolismo
O alcoólatra muitas vezes não tem consciência de que é mesmo dependente da bebida. Porém, existem alguns elementos que facilitam as pessoas ao redor, ou mesmo o dependente, a como identificar um alcoólatra. Dentre alguns sinais estão a falta de controle sobre o uso e tolerância cada vez maior à bebida.
A abstinência, ou seja, quando a pessoa alcoólatra interrompe a ingestão da bebida, seja por vontade própria ou por falta dela no momento, causa alguns sintomas físicos e mentais, como:
- tremores nos lábios;
- tremores nas mãos e pés;
- náuseas e vômitos;
- suor excessivo;
- ansiedade e irritação;
- confusão mental.
Essas são algumas consequências do alcoolismo. Mas, não são só os efeitos físicos e mentais que trazem estragos à vida das pessoas. Os danos nos relacionamentos pessoais e profissionais levam muitos alcoólatras à depressão e outras doenças.
Doenças causadas pelo alcoolismo
- hepatite ou cirrose hepática;
- depressão;
- impotência ou infertilidade;
- gastrite;
- infarto;
- trombose;
- anorexia alcoólica;
- demência;
- câncer.
Tratamento do alcoolismo
Como parar de beber? Essa é a pergunta que muitos que sofrem do vício fazem. O tratamento para o alcoólatra deve, primeiramente, ser um passo dado por ele mesmo. O dependente deve querer largar o vício. Em seguida, ele ou a família devem procurar um psicólogo ou psiquiatra, que entrará com o tratamento adequado.
Por ser uma doença crônica, o alcoolismo não tem cura, porém é possível ter uma vida saudável e se afastar para sempre do vício! Como ajudar um alcoólatra? Com apoio familiar, desintoxicação sob supervisão médica e a reabilitação, o indivíduo tem plenas chances de ter uma vida normal.
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