Segundo o secretário geral da ONU, Antônio Guterres, uma a cada quatro pessoas experimentam um episódio de depressão durante a sua vida, mas a questão, geralmente, é largamente negligenciada.
Considerando os fatos, a depressão no Brasil atinge 11,5 milhões de pessoas. No entanto, o número de vítimas aumenta a cada ano e mesmo assim, medidas efetivas não são tomadas. Podemos assim dizer que, o bem-estar mental ainda não é tratado como prioridade.
A depressão não é drama, é uma doença. Logo, seu tratamento é feito por meio de especialistas como psicólogos e psiquiatras. Entretanto, é necessário saber identificar os sinais da depressão para conseguir iniciar o acompanhamento psicológico o quanto antes.
LEIA MAIS: O que é a depressão?
5 sinais da depressão
O diagnóstico da depressão só pode ser feito por um especialista. Mas como saber a hora de procurar ajuda profissional? Para saber o momento certo, é necessário saber quais sinais são alarmantes e podem indicar a presença de um transtorno psicológico. Visto isso, saiba cinco sinais comuns da depressão:
1. Tristeza profunda
Rosto desolado. Olhos sem brilho. Crises de choro. A tristeza assola a pessoa e ela não consegue se desvencilhar dela. Visto isso, apesar do aspecto físico evidente, o psicológico sofre o maior abalo. A baixa autoestima é regada de pessimismo e culpa, num ciclo vicioso sem fim.
Todos sentem tristeza uma vez ou outra, porém o prolongamento desse estado pode indicar depressão. Logo, caso o sentimento ocorra por mais de duas semanas é importante encaminhar a pessoa para um especialista, pois ela pode estar apresentando sintomas da depressão.
2. Apatia e cansaço
Não há mais motivação. Ir ao cinema, passear no parque ou comer no restaurante favorito. Todas as atividades que a pessoa gosta perdem o atrativo. Ela não sente mais a vontade de fazê-las e passa a ficar cada vez mais isolada.
A depressão profunda gera um efeito pesado no corpo. Qualquer atividade é difícil e parece que o indivíduo não tem energia para realizá-las. Contudo, a inatividade vira hábito e a pessoa não sabe nem de onde tirar forças para melhorar.
3. Isolamento social
“Acho que hoje vou cancelar com os meus amigos, não estou bem para vê-los”. “Jantar com todos da família é demais para mim, vou ficar aqui em casa sozinho”. “Não quero ver ninguém hoje, vou só ficar no quarto”. O isolamento funciona como uma bola de neve.
Depressão é coisa séria. Dessa forma, o indivíduo vai aos poucos se afastando das pessoas próximas. A vida solitária parece tentadora e a socialização com os demais é difícil. A percepção dessa evolução é fundamental, pois a pessoa entra numa espiral de isolamento e chega, em casos extremos, a não sair mais de casa.
4. Alterações no sono
A depressão atua nos extremos do sono. A doença traz tanto dificuldades para dormir e causa insônia, como também faz a pessoa dormir mais do que o normal. Os efeitos dependerão do indivíduo, porém é importante prestar atenção na extensão desses sintomas.
Consequentemente, a depressão dá dor de cabeça também. A falta de sono, principalmente, tem efeito pesado no corpo e atrapalha as funções motoras e cognitivas. Além disso, a privação do sono causa estragos na saúde, reduzindo a expectativa de vida.
5. Alterações no corpo
Depressão causa diversas mudanças no corpo. Logo, apesar das pessoas não conectarem a doença com as alterações físicas, ela pode ser a responsável por diversas mudanças no organismo. No entanto, pode emagrecer ou engordar o indivíduo.
Queda de cabelo, unhas fracas e até dores nas costas também podem ser sintomas da depressão. Dessa forma, a doença consegue exprimir no meio físico a angústia que a pessoa está sentindo. Identificar esses sintomas pode ajudar no diagnóstico.
LEIA MAIS: Tipos de depressão
Se identificou com os sintomas?
Procure ajuda profissional. Quanto antes o tratamento for iniciado, mais rápido o indivíduo volta a suas condições normais. A depressão pode evoluir e chegar em estágios graves caso não seja tratada. Por isso, trate sua saúde mental como prioridade. Você merece se sentir bem!