40% dos brasileiros sofrem com ela. Descubra quais as consequências da insônia na sua saúde!

O personagem de Edward Norton no filme “Clube da Luta”, baseado no livro de Chuck Palahniuk, sofre de insônia: “Com insônia, nada é real. Tudo é longe. É tudo cópia de cópia de cópia”. Enquanto diz a frase, nota-se olheiras e extrema sonolência na personagem que tenta vencer mais um dia no trabalho ao lidar com o sono constante. Além da privação do sono, ele sofre com  depressão, o que dificulta ainda mais o caso.

A insônia é um dos muitos distúrbios do sono que existem. Outros transtornos como apneia do sono e ronco, síndrome das pernas inquietas, sonambulismo, estão na lista do Instituto do Sono de distúrbios, mas a ganhadora no número de casos é, de fato, a insônia. Os distúrbios do sono no Brasil já atingem cerca de 72% da população,  segundo um estudo da Royal Philips. Entre os brasileiros, a insônia é a primeira da lista de queixas, seguida da apneia. 

O sono é vital para a sobrevivência. Seu efeito restaurador é essencial para a saúde do organismo e age na capacidade dos indivíduos sentirem-se bem durante o dia. Isso acontece porque, durante o sono, o corpo remove do cérebro proteínas tóxicas, as beta-amiloides, e se não forem removidas, interferem com o funcionamento do cérebro. Ou seja, o indivíduo que sofre com a falta de sono e/ou dificuldade para dormir, não experimenta o chamado sono reparador, o essencial para que o corpo se recupere e esteja pronto para desenvolver suas atividades em pleno estado.

O que é insônia?

A maioria das pessoas já sentiu os efeitos que uma noite mal dormida ou o que não dormir  uma noite inteira causa no dia seguinte. Esse é um pesadelo para mais de 40% dos brasileiros, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). Esse distúrbio se caracteriza por “dificuldade em iniciar o sono, ou por acordar durante a noite com dificuldade para voltar a dormir com consequências no dia seguinte.

Esses são alguns dos sintomas de insônia que mais aterrorizam as pessoas. Dentre as causas da insônia estão os “problemas psiquiátricos como ansiedade, depressão, uso de alguns medicamentos em longo prazo e de bebida alcoólica; no último caso, principalmente após a suspensão do consumo.”

 Algumas doenças também podem causar o distúrbio, como as que causam dores, principalmente à noite. “Existe um quadro clínico, a fibromialgia, que predomina nas mulheres, e se caracteriza por pontos dolorosos em determinadas regiões do corpo.”

“Além de outras doenças físicas, como distúrbios hormonais, hiper e hipotireoidismo, algumas doenças psiquiátricas e neurológicas, como ansiedade, depressão, doença de Parkinson, doenças cerebrais isquêmicas e doença de Alzheimer também podem provocar insônia.”

Entenda mais sobre a insônia em nosso artigo sobre distúrbios do sono.

Efeitos da insônia

Assim como algumas doenças podem causar a insônia, o caminho inverso também pode acontecer. As consequências da insônia no organismo podem se dar, na maioria das vezes, através da sensação de sono não reparador, de má qualidade aliados ao cansaço diurno. Outros efeitos da insônia em longo prazo são “irritação, dificuldade para se concentrar ou de memória, sintomas de depressão, entre outras.”, explica o Instituto do Sono.

O coração também pode sentir: Glaucylara Geovanini, cardiologista especialista em medicina do sono, explica que dormir pouco provoca alterações hormonais e no coração, aumentando o risco do desenvolvimento de quadros de arritmia cardíaca e infarto agudo do miocárdio.

A insônia também entra como coadjuvante quando se fala em depressão. Mas, afinal, depressão causa insônia? “A insônia tem uma relação temporal com a depressão. Ela tende a preceder a depressão em 43% dos casos. Segundo a neurologista Dalva Poyares, a insônia crônica pode atingir até 15% dos adultos e as mulheres são as que mais sofrem. São elas também que têm mais depressão e ansiedade. Já a insônia eventual pode ocorrer em antecipação a algum evento importante ou um estresse súbito”, informa o Bem-Estar.

Outros transtornos mentais estão atrelados à insônia, como ansiedade, bipolaridade ou até mesmo estresse. Nesses casos, se a doença não for tratada, a insônia há de persistir. 

A obesidade também pode ser desencadeada caso a qualidade do sono seja colocada em cheque. Estudos apontam que a falta de sono a noite
e ficar sem descanso pode estimular a pessoa a comer mais. Além disso, pessoas com insônia possuem maior tendência a resistir à insulina, o que pode resultar na diabetes. 

  • Irritabilidade;
  • Alterações de humor;
  • Sonolência constante;
  • Problemas de memória;
  • Dificuldade de concentração;
  • Problemas ao se relacionar;
  • Depressão;
  • Ansiedade;
  • Estresse;
  • Obesidade;
  • Diabetes;
  • Complicações cardiovasculares;
  • Entre outros.

Dormir pouco tem consequências gravíssimas. É importante procurar um médico especialista para investigar as causas da insônia e o tratamento adequado para o seu caso. A terapia também pode auxiliar nesse processo de cura e remissão de sintomas. 

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