A época dos vestibulares é sempre muito estressante para alunos de todo o Brasil. A pressão pela qual eles passam pode ser muito desgastante e gerar estresse e ansiedade. Esses dois são os maiores vilões da época moderna, e contaminam cada vez mais mentes. A saúde mental em alunos é um dos problemas crescentes que jovens de todas as idades passam, sendo os adolescentes os mais atingidos.
Pensando nisso, a psicóloga Karen Graner, juntamente com discentes de cursos da área da saúde, realizou uma pesquisa cujo resultado mostra que o sofrimento psíquico atinge 30% dos estudantes brasileiros e 49,1%, em escala mundial, ou seja, um em cada dois universitários sofre de algum problema de saúde mental.
Mas os transtornos psicológicos não são desenvolvidos somente na hora dos vestibulares. Segundo a “Pesquisa Censo e Opinião Discente”, realizada na Universidade Federal do ABC (UFABC), 17,92% dos trancamentos durante o ano foram por “questões psicológicas”. Ou seja, estudar para prova, seja ela de escola, vestibular ou faculdade, pode tirar o sono e a saúde de muita gente.
O que pode ajudar a estudar são algumas dicas que separamos para unir bem-estar, saúde e estudos.
1 – Dormir bem
A hora de dormir é essencial para o aprendizado. “Mesmo que você não esteja estudando quando está dormindo, seu cérebro está estudando. É quase como se ele estivesse trabalhando por você. Por isso você não terá o retorno esperado do tempo que aplicou aos estudos se não dormir bem”, explica Jakke Tamminen, professor de psicologia da Universidade Royal Holloway.
A fase conhecida como Sono de Ondas Profundas (non-REM) tem profundo impacto no desenvolvimento da linguagem. É nela que a memória é formada e retida, e onde há a interação de diferentes partes do cérebro. Durante essa fase, o hipocampo, área responsável pelo aprendizado rápido, está em comunicação com o neocórtex, responsável pela consolidação da memória de longo prazo.
A ciência comprova que passar a noite estudando ou dormir mal, interfere no ciclo do sono, o que impacta diretamente na absorção de conhecimento e na consolidação da memória. Respeitar todos os estágios do sono pode ser uma questão crucial para não levar um zero do seu cérebro.
2 – Praticar atividades físicas
O neurotransmissor endorfina é o hormônio do bem-estar. Mas como fazer para sentir seus efeitos? É fácil, pratique exercícios físicos! Já dizia a citação popular latina “Mens sana in corpore sano”, ou seja, “uma mente sã num corpo são”. O estresse pode causar doenças como ansiedade, depressão, hipertensão, infarto e até câncer!
Quando prestamos atenção nos movimentos do nossos corpo, sentindo cada músculo trabalhar e a respiração fluir, colhemos efeitos tranquilizadores e saudáveis tanto para a mente quanto para o corpo, pois quando o colocamos para funcionar, a mente também trabalha melhor.
3 – Reservar um tempo para o lazer
Se estiver se sentindo sobrecarregado e estudando muito tire uns minutinhos para espairecer, tomar um café, respirar…ás vezes sair do ambiente que causa o estresse mental pode aliviar muito a tensão.
“O ideal é não deixar que essa exaustão mental aconteça, é se policiar para estudar muito, mas de maneira saudável, dando um tempo quando se sentir cansado. É nesses momentos que uma distração – um cinema, um passeio – pode ser bem mais eficaz do que insistir quando a cabeça não está mais produzindo. Ter consciência de seu limite faz toda diferença na saúde mental de qualquer pessoa”, explica a psicóloga Ana Paula Hawatt, especialista em terapia cognitiva comportamental, em entrevista ao G1.
4 – Tirar uma soneca
Aquela soneca depois do almoço pode ter efeitos revitalizadores para o corpo e a mente. Cientistas analisaram a urina e a saliva dos pacientes que participaram do estudo publicado pela “Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism“. Eles tiraram uma soneca de 30 minutos e seus níveis hormonais estavam em pleno equilíbrio.
“Uma noite mal dormida faz mal a qualquer pessoa, por isso que preservar o sono é um entre todos os cuidados que o candidato tem que tomar. Porque o sono atrapalha na concentração, aumentando a ansiedade, levando ao cansaço e ao estresse. O sono durante a noite é primordial. Uma pessoa que dorme pouco e/ou mal coloca em risco o funcionamento do organismo e se estressa com mais facilidade durante o dia”, explica Hawatt.
O Hospital Israelita Albert Einstein enfatiza: “Quando a dificuldade para dormir passa a ser constante, o rendimento será afetado. Antes de dormir precisamos relaxar! É importante reduzir a adrenalina produzida para garantir um sono reparador.”
Veja também dicas de como diminuir o estresse aqui em nosso blog!
5 – Se alimentar bem
A correria dos estudos pode fazer os alunos esquecerem de um elemento primordial para a sobrevivência: a alimentação. Mas quando dizemos alimentação, não queremos dizer aquele salgadinho comprado ás pressas para encher o estômago, ou tomar doses e doses de café. Alimentação saudável é aquela com valor nutricional, que vai ajudar a suprir todas as necessidades do organismo a fim de mantê-lo em perfeito funcionamento de todas as suas funções.
Não existe a “melhor forma de estudar”, afinal as técnicas de estudos variam de indivíduo para indivíduo. Há quem prefira anotar tudo o que o professor diz, outros que acham melhor não anotar nada e focar na dinâmica da aula. Mas é unânime focar na saúde mental quando falamos em como estudar bem.
As provas do Enem e vestibulares de faculdades estão acontecendo. O
processo seletivo pode ser assustador, mas é importante focar na saúde, pois as provas acabam, mas os transtornos mentais podem ser difíceis de terminar. Caso as dicas não funcionem, procure um psicólogo e faça acompanhamento durante essa fase difícil. Esse profissional irá ajudar a lidar com ele e criar estratégias para que esse período seja o menos traumatizante possível.
O mais importante é atenção à aula e foi justamente pelo ambiente (informal) familiar que levou as escolas a adotarem um nivelamento no aprendizado no retorno às séries (presencial)! E não adianta fazer da mente um HD, visto que o processador orgânico “paralisa” quando recebe muita informação e ainda mais repetida. Minha vó materna não repetia trabalho manual e se manteve bem lúcida até por volta dos 87 anos, quando adoeceu! Já minha mãe que repetia mesmos “desenhos de croche” deu de perceber que o raciocínio começou a ficar lento, passando dos 70 anos!