Emagrecer com reeducação alimentar é uma realidade, mas deve ser feita de forma responsável e conhecendo as emoções

“Estou acima do peso. O que devo fazer?”. Muitas pessoas chegam na seguinte conclusão: dieta e reeducação alimentar! O foco é principalmente nos alimentos: O que você come e qual a regularidade da alimentação. Porém, será que fica somente nisso?

Conhecer os alimentos para reeducação alimentar é importante, mas não deve ser o único objetivo. O sentido de reaprender sobre a relação com a comida não pode ser compreendido apenas no sentido nutricional, mas também no âmbito emocional.

O que comer significa para você? Qual o valor que você deposita na refeição? Esses devem ser alguns questionamentos para um convívio mais saudável com a comida. Reeducação alimentar emagrece, de fato, mas deve ser realizada de forma correta: aprendendo como lidar com as emoções.

Reeducação alimentar: como começar a entender as emoções

Basta uma simples pesquisa na internet para encontrar uma dieta de reeducação alimentar, no entanto, é mais difícil achar algo relacionado com as emoções nessa fase. Geralmente, elas são negligenciadas na busca do peso ideal, e isso é um grande erro já que possuem papel fundamental no resultado.

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De acordo com o livro “Nutrition Education: Linking Research, Theory, and Practice”, “o componente afetivo das atitudes, refletindo os sentimentos ou emoções das pessoas sobre o desempenho do comportamento, também é um poderoso – alguns diriam mais poderoso – motivador de comportamentos alimentares”.

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Nesse sentido, é perceptível que a forma como sentimos também influencia na maneira como lidamos com os alimentos. Segundo a terapeuta Camila Custódio, os indivíduos bem resolvidos no aspecto emocional possuem mais facilidade para perder peso. Além disso, lidam melhor com momentos sabotadores.

“A relação entre emoções e perda de peso fica mais clara em tempos de instabilidade emocional, como no final do ano, provas ou mudanças na vida profissional, por exemplo. São períodos em que as pessoas estão ansiosas, tensas, sob pressão ou estressadas, e acabam descontando na comida”, ressalta Custódio.

Ou seja, aprender como se acalmar e como acalmar os nervos é uma parte importante também da alimentação. Culpa, raiva, tristeza e ansiedade muitas vezes são revertidas na comida. Portanto, cuidar do psicológico também faz parte da reeducação alimentar para emagrecer.

Sobre o tema, Rodrigo Fonseca, fundador da SBIE (Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional), explica que “a fome emocional é só um dos exemplos de como o corpo tenta extravasar algum desequilíbrio. Ao comer compulsivamente, a pessoa desconta suas emoções na comida, encontrando nela uma válvula de escape”.

Reeducação alimentar: emoções e pesquisas

“E como me acalmar sabendo de tudo isso?”. Não é preciso ficar preocupado, pois inúmeras pesquisas já procuram entender como funciona a relação entre a comida, a reeducação alimentar e as emoções.

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Dessa forma, uma revisão da literatura procurou entender esses efeitos. O estudo concluiu que emoções negativas aumentam a alimentação impulsiva. Ou seja, a pessoa come para regular o estado emocional, embora diminua o prazer da comida. Já as emoções positivas aumentam o prazer e o consumo de alimentos saudáveis.

Além disso, “vários dos estudos revisados reforçam a ideia de que a maioria das pessoas relata mudanças na alimentação (coma mais ou come menos) em resposta ao estresse emocional, bem como que estados emocionais negativos na vida diária podem estar associados a uma tendência a comer como estratégia de regulação da emoção, não apenas em comedores restritos e compulsivos, mas também em comedores normais”.

Outro artigo procurou realizar treinamento com professores sobre o tema. Entretanto, ao invés de somente passar informações sobre o assunto, os pesquisadores também ensinaram sobre apoio emocional. O resultado: o estudo sugere que o conhecimento por si só é insuficiente para mudar o comportamento alimentar.

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“Numerosos estudos abordaram questões de saúde no ambiente escolar, mas a maioria se concentra em atividade física e nutrição, com pouca atenção a questões emocionais, como autoestima, depressão e comportamentos alimentares”, disse a autora do estudo, Carolinne Santin Dal Ri, pediatra do Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul.

Sendo assim, é importante frisar o papel do equilíbrio emocional durante a reeducação alimentar. Este é um fator que influencia na busca pelo peso ideal e pode ser o diferencial para alcançar esse objetivo.

Para te ajudar nesse processo, a psicóloga Cristiane Evangelista Machado (CRP 06/70852), especializada em psicologia clínica e reeducação alimentar pode te atender na Telavita!

cristiane evangelista “Mestre e psicóloga hospitalar pela Faculdade de Medicina da USP, atuo na área de psicologia clínica há 16 anos, em consultório e instituições de saúde. Integrei a equipe multidisciplinar de Gastrocirurgia do Hospital das Clínicas da USP, no qual atuei com assistência, ensino e pesquisa por 12 anos. Realizei ações de promoção a saúde mental em organizações corporativas, e atuei como professora de cursos de pós-graduação. Atualmente me dedico ao atendimento psicoterapêutico de pacientes adultos em busca de autoconhecimento e desenvolvimento emocional.”

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