Quando o medo passa dos limites, é bom ficar de olho pois a fobia é uma doença e precisa ser tratada!

Sentir medo é normal. Todo mundo já teve essa emoção aflorada em vários momentos da vida, seja quando criança com o medo do escuro, ou quando adulto com o medo de ser assaltado.

O medo é a resposta bioquímica do nosso corpo frente ao perigo e envolve sudorese, aumento da frequência cardíaca e níveis elevados de adrenalina. É um sinal que o organismo dá para que consigamos fugir ou lutar contra esse perigo.A resposta emocional ao medo depende de indivíduo para indivíduo. Alguns, se sentem bem com a adrenalina produzida diante de situações perigosas. Outros, entretanto, evitam esses episódios a qualquer custo. 

Mas e quando o medo passa do limite e se transforma em transtorno?A fobia, na psicologia, se trata de um transtorno de ansiedade e está classificado como transtorno fóbico-ansioso no CID 10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde). A condição já atinge cerca de 20% da população mundial, segundo o Instituto Nacional de Saúde americano.

O significado de fobia

fobia, na psicologia, se trata de um transtorno de ansiedade e está classificado como transtorno fóbico-ansioso no CID 10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde). A condição já atinge cerca de 20% da população mundial, segundo o Instituto Nacional de Saúde americano.

Segundo o Manual MSD, “as fobias específicas são o tipo mais comum de transtorno de ansiedade. As pessoas que têm uma fobia específica evitam as situações ou os objetos específicos que desencadeiam sua ansiedade ou medo, ou os suportam sob intensa angústia, o que algumas vezes resulta em ataque de pânico. No entanto, reconhecem que sua ansiedade é excessiva e, por essa razão, estão conscientes de que têm um problema”.

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As 5 fobias mais comuns

1 – Fobia social

O transtorno de ansiedade social, também chamado de fobia social ou sociofobia, é o medo irracional de ser julgado, analisado e rejeitado em situações de interação social. A pessoa com fobia social sente irritabilidade e angústia a ponto de não conseguir lidar com elas e isso afetar a sua vida.

Existem níveis de sociofobia. A fobia social leve, ou ansiedade social circunscrita, é caracterizada pelo medo e ansiedade quando a realização das tarefas se dá ao redor de pessoas, como falar em público, apresentar seminários e projetos ou fechar contratos, por exemplo.

Já a fobia social grave, ou  fobia social generalizada, se dá quando o quadro de ansiedade social piora e o indivíduo não consegue realizar contatos interpessoais simples, como ir a eventos e festas, conversar com estranhos, falar no telefone e lidar com qualquer pessoa que tenha algum tipo de autoridade, como a relação professor- aluno, chefe-funcionário, entre outras. O paciente se sente julgado e entende sempre que seu desempenho será o pior possível.

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2 – Claustrofobia

significado de claustrofobia, na etimologia, destaca o termo “fobia”, que vem do grego e significa “medo”. A claustrofobia, portanto é o medo, a fobia de lugar fechado. 

O medo de estar confinado em um ambiente desconhecido, com muita gente e/ou aparentemente sem saídas é desesperados para quem sofre desse tipo de fobia. As crises de ansiedade na claustrofobia, ou ataques de claustrofobia, podem acontecer nos mais variados ambientes e a partir de diversos gatilhos. O medo de avião, é um exemplo. Mas não o medo do transporte, em si, mas sim de estar confinado nele. O mesmo acontece com o medo de elevador, como citado pelo Dr. Drauzio Varella.

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3 – Agorafobia

Segundo o Manual de Diagnóstico e Estatística da Associação Psiquiatra Americana (DSM-IV), a agorafobia é a “ansiedade de estar preso em situações ou lugares dos quais não há nenhuma forma de escapar facilmente se surgirem ansiedade ou pânico. Essas situações ou lugares são com frequência evitados ou suportados com muita angústia”.

Essa fobia específica é caracterizada por comportamentos de esquiva quando “a pessoa se encontra em situações ou locais dos quais seria difícil ou embaraçoso escapar ou mesmo receber socorro se algo de errado acontecesse. Nos casos mais graves, a agorafobia compromete a vida social e profissional dos pacientes”.

As pessoas com os esse tipo de fobia evitam as seguintes situações, segundo o Manual:

  • Viajar de ônibus ou de avião;
  • Estar em um espaço aberto, como um estacionamento ou em uma feira livre;
  • Estar em um espaço fechado, como uma loja ou cinema;
  • Aguardar em fila no banco ou no supermercado ou estar cercado de uma multidão;
  • Sentar no meio de um longo corredor de assentos um cinema ou sala de aula;
  • Estar sozinho fora de casa;
  • Entre outras.

4 – Aracnofobia

Segundo o DSM-5 (Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), existem alguns subtipos de fobia referentes à sua classificação e a aracnofobia se encontra no subtipo animal, ou seja, a fobia que é causada por animais ou insetos. Geralmente tem início na infância.

Aracnofobia é a fobia de aranhas. A pessoa que sofre com esse tipo de fobia  tem verdadeiro pavor desse artrópode. Caso deem de cara com uma, seja pessoalmente ou através de imagens, a pessoa começa a sentir sudorese, pulso acelerado, respiração rápida,  inquietação, taquicardia e até náusea. 

É comum que pessoas com essa fobia evitem ir a locais onde possa existir aranhas, como viajar para o campo ou morar em lugares onde a probabilidade de um desses bichinhos aparecer seja alta.

5 – Acrofobia

Esse é o tipo de fobia em que os indivíduos sentem pavor de lugares altos. Ela acontece quando o indivíduo está em lugares altos, mas que não há risco racional de nada lhe acontecer ou oferecer perigo e, mesmo assim, essas pessoas entram em pânico.

Os acrofóbicos têm extrema dificuldade ou realmente não conseguem entrar em um elevador, morar em prédios altos ou andar de avião. Eles sempre encontram outra alternativa para não enfrentarem esses lugares.

Superar medos não é tarefa fácil. Indivíduos com medo de tudo ou de coisas específicas podem procurar auxílio na terapia. Os especialistas podem analisar as possíveis causas e diminuir os efeitos do medo na vida do paciente, a fim de cortá-los para sempre de sua mente.

 “As técnicas vão desde medicamentos e terapias de relaxamento, até o uso de tecnologias. O procedimento específico para o claustrofóbico chama-se Terapia Cognitiva Comportamental, usada também em outras fobias, fazendo com que o paciente vença o problema gradativamente”, informa a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

O tratamento medicamentoso é possível, mas somente com prescrição médica. Ele envolve o uso de “inibidores de recaptação de serotonina e noradrenalina, drogas antidepressivas e ansiolíticas que regulam as concentrações de neurotransmissores relacionados ao bem-estar e ao estresse no cérebro.

Como qualquer doença, a fobia precisa ser tratada e ser levada a sério. Consulte um psicólogo e não permita que o medo seja protagonista na sua vida.

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