Última atualização em 27 de julho de 2023
Respeitar os próprios limites pessoais é uma habilidade que pode ser desenvolvida. Isso é importante, pois, os limites são essenciais para vivenciarmos relacionamentos saudáveis e termos uma vida mais equilibrada. Eles nos lembram até onde devemos ir sem nos transgredirmos.
Limites pessoais sinalizam respeito a si mesmo. Portanto, permita-se conhecer, estabelecer os seus e, agir de modo a preservá-los.
Como definir meus próprios limites pessoais?
O primeiro passo para definir limites pessoais é se conhecer. Dessa forma, o autoconhecimento nos dá a clareza de nossos valores e prioridades, e de quais são os nossos critérios para fazermos escolhas.
No entanto, esse reconhecimento nos dá mais firmeza para dizermos NÃO quando algo impacta consideravelmente nossas necessidades emocionais e materiais.
Nesse sentido, é preciso aprender a interagir com nossas contradições internas e decidir pela ótica do que deve ser feito e não pelo que gostaríamos de fazer.
Por exemplo, haverá momentos que vamos querer ajudar alguém mas não poderemos, pois fazê-lo, significaria nessa situação, ultrapassar nossos limites pessoais.
10 formas de respeitar os próprios limites
Se você deseja aprender a respeitar os seus próprios limites, siga as dicas abaixo. Além do processo de autoconhecimento, você pode passar a se respeitar mais:
1. Avaliando o quanto cada situação pode impactar seu estado emocional, mental, material e físico.
2. Usando a palavra NÃO quando necessário, mesmo que isso implique em decepcionar o outro.
3. Reconhecendo sentimentos e respeitando-os.
4. Tendo clareza do seu tempo disponível e dos seus reais recursos.
5. Priorizando o seu autocuidado, se colocando em primeiro lugar sempre.
6. Questionando se você estará disposto a se responsabilizar pelas consequências de suas escolhas.
7. Aprendendo a expressar suas necessidades com confiança. É melhor desagradar o outro do que a si mesmo.
8. Entendendo se o limite estabelecido emana de seu estado psíquico ou se é o resultado de pressões externas.
9. Buscando uma percepção ampliada de cada situação para saber se deve ou não se colocar nela.
10. Lembrando que limites podem ser flexíveis e impermanentes. Dependendo do seu momento de vida, algumas coisas deixam de ser prioridades em prol de outras, modificando suas necessidades e percepção de realidade.
Dizer “não”: a palavra que pode te libertar emocionalmente
Para facilitar o processo de quando dizer NÃO, explique seus motivos. Entre em contato com seus sentimentos e emoções e exponha ao outro o que te desconforta na situação.
Quando possível e/ou necessário, forneça alternativas, por exemplo, você pode dizer “não posso isso, mas podemos tentar aquilo…”
Isso pois, nossa maior dificuldade em definir limites e dizer não vem da necessidade de ser aceito, de mostrar serviço, de buscar elogios e aprovação do outro.
Dessa forma, colocar limites dizendo muitas NÃO a nós mesmos e aos outros, proporcionará o desenvolvimento de valores e virtudes fundamentais, tais como:
- Paciência;
- Resiliência;
- Amor próprio;
- Determinação;
- Otimismo;
- Capacidade de planejamento;
- Ética e serenidade.
Como o psicólogo pode ajudar nessa jornada?
A ajuda de um psicólogo através de psicoterapia é muito eficiente para o desenvolvimento de inteligência emocional, responsável pela compreensão de suas emoções e de como elas impactam seu comportamento.
Saiba que, somente você é quem pode saber se algo lhe faz mal, portanto, somente você pode comunicar esse limite considerando o momento, a cultura, as competências e a capacidade de compreensão do outro.
Desse modo, é possível aprender a respeitar seus próprios limites e reconhecer os momentos em que é preciso dizer NÃO.
Um não bem colocado nos faz mais fortes, confiantes e mais conscientes de quem somos e do que buscamos.