Você sabia que o equilíbrio emocional pode ser aprendido? Saiba como!

Os sete poderes para manter o equilíbrio. Não, não estamos falando de nenhum superpoder e nem de nenhum Vingador ou membro da Liga da Justiça. Esses poderes que aqui falaremos não são coisa de outro mundo, mas sim, habilidades emocionais que você possui ou pode desenvolver! 

Sabemos que manter o equilíbrio emocional em meio ao caos das cidades grandes e pressões da vida moderna é difícil e, na maioria das vezes, essa eterna busca causa muito estresse psicológico e emocional abalado. O descontrole emocional tem sido uma das portas de entrada de transtornos psicológicos cada vez mais frequentes, como depressão, ansiedade e síndrome de burnout.

Para auxiliar no controle das emoções e atingir o equilíbrio psicológico, o portal Medium publicou um artigo onde lista 7 habilidades importantes que todo mundo pode desenvolver. Quem assina o artigo é Ayodeji Awosika, escritor e autor de livros. Vamos a elas!

Esconda a sua inteligência

Pessoas inteligentes geralmente têm a tendência de querer se provar: eles querem testar seus conhecimentos em qualquer situação, seja em rodas de amigos nos debates e discussões ou internamente, se colocando em desafios cada vez mais complexos. Isso é muito louvável, afinal, a inteligência sempre ajudou a humanidade a evoluir. Mas o autor do artigo da Medium aponta para as consequências negativas de se mostrar inteligente o tempo todo.

A primeira consequência é a cobrança constante, seja de você mesmo ou dos outros, afinal, se você se mostra sempre inteligente, cheio de ideias e que é capaz, a cobrança sempre será grande. Em algum momento isso pode trazer descontrole emocional.

O autor do artigo relembra uma citação do autor americano Robert Greene: “nunca ofusque o mestre”. Ele cita outra consequência para a falta de equilíbrio referente a mostrar sua inteligência de forma constante no ambiente de trabalho, por exemplo. Algumas pessoas podem se sentir ofuscadas e intimidadas, e isso pode te prejudicar caso a pessoa em questão seja o seu chefe. Procure ter inteligência emocional para sentir quando deve mostrar suas habilidades e quando deve ouvir o que o outro tem a dizer. Essa empatia e respeito só mostra que você possui habilidades sociais ricas e controladas.

Resista ao pensamento de grupo

Esse é um dos mais perigosos tópicos. O pensamento de massa, ou seja, dos grupos religiosos, políticos e sociais, por exemplo, podem manipular e cegar muita gente. Quando se fala em uma narrativa acreditada por um grupo específico, devemos lembrar de sempre raciocinar se aquela ideia é saudável para você. Saber discernir que, você pode acreditar nos preceitos de uma religião, por exemplo, mas discordar de alguns pontos. 

Não consigo escrever esse tópico sem me lembrar do discurso nazista de Hitler e como ele conseguiu convencer grande parte de um país de que seus ideais eram corretos. O poder que o pensamento de grupo SEM reflexão possui é enorme e pode corromper qualquer um. O conselho do autor é: “Seja capaz de dizer o que você pensa sobre quais componentes da narrativa de grupo você decidiu adotar. E aí, fique fora da horda. No fim do dia, a maioria das coisas que acontecem na sua vida podem ser vistas e formadas através das lentes de sua individualidade. Não importa a qual grupo você pertença, pois as experiências, memórias e emoções que você cria são únicas para você. E você pode olhar genuinamente para si mesmo para reformar qualquer coisa acima que estiver em desequilíbrio”.

Pare de ligar para o que os outros pensam sobre você

Quando você tem autoconhecimento, tem poder sobre si. A busca pelo autoconhecimento deve ser constante, afinal, um indivíduo que não sabe quem é, do que gosta, aonde quer ir e o que o move, fica à mercê do domínio dos outros, e aí surgem as dúvidas, as frustrações e o desequilíbrio.

Todo mundo é afetado pelo meio em que vive. É normal sofrer os efeitos das pessoas e do meio, tal qual os seus julgamentos e impressões, mas depende só de você a intensidade com que isso irá te afetar. Quanto maior for o seu poder sobre si, menor é a sua preocupação sobre como os outros te vêem e, consequentemente, maior é a sua relação consigo, com a sua autoestima e bem-estar.

Pare de culpar os outros

Quando as coisas não vão do jeito que queremos, costumamos ficar com raiva de tudo: do universo, das pessoas e até do desconhecido que, sem querer, pisou no seu pé no metrô. E aí achamos um culpado para a situação, afinal, alguém precisa ser o grande arquiteto da grande injustiça que aconteceu com você. Mas, afinal, será que o culpado pode simplesmente não ser ninguém? As coisas acontecem e não temos o poder de mudar como elas aconteceram, mas temos todo o poder de como reagir a elas. 

A reação à uma situação adversa diz muito sobre alguém. O sujeito que toma a responsabilidade de seus atos para si e não culpa mais ninguém pela consequência deles, é um sujeito evoluído e equilibrado emocionalmente. 

Pare de “esperar para falar”

Vivemos numa sociedade extremamente egocêntrica e pouco empática. Estamos sempre mais preocupados conosco do que com o outro, e isso reflete em diversas instâncias da nossa vida como seres sociais. Quando estamos em uma conversa, por exemplo, nos preocupamos mais em falar do que em ouvir e esperamos, avidamente, por um segundo de pausa para interromper o outro e contar o nosso ponto de vista. 

É muito raro encontrar alguém que ouve sem a intenção de responder. É preciso ouvir e, puramente, ouvir. Processar aquelas informações, olhar no olho do outro e absorver aquelas palavras. Quando nos tornamos melhores ouvintes, também nos tornamos melhores observadores e a observação permite captar mais detalhes. 

Outro ponto que o autor levanta é que as pessoas adoram falar e mostrar suas opiniões. Se você é um sujeito que deixa elas falarem e as escuta, todos te amarão. É melhor observar do que falar sem pensar, assim você percebe com quais cartas os outros jogam sem mostrar as suas. 

Pare de deixar os seus desejos te levarem para qualquer direção

Na ambição de conseguir realizar um sonho ou alcançar um objetivo há muito desejado, às vezes nos submetemos a situações que nos fazem mal. Por isso, o autor aconselha a sempre prestar atenção no presente e trilhar caminhos que te façam sentir bem e, ao mesmo tempo, trilhar o caminho que você quer. O foco e bem-estar são mais poderosos do que fazer algo por fazer somente para alcançar um objetivo. O futuro é importante, mas não há nada melhor do que viver o presente com todas as suas forças. 

Pare de levar tudo a sério

Coisas ruins acontecem o tempo todo e as notícias trágicas não param de bombardear os nossos ouvidos enquanto assistimos o telejornal. Mas será que isso é saudável? O autor sugere nos permitir levar a vida menos à flor da pele e a comentar sobre coisas mais amenas do que as tragédias que acontecem a todo tempo. A vida não é perfeita — e nunca será — mas há maneiras de deixar tudo mais leve se realmente desejarmos. 

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