Trauma é uma palavra de origem grega que representa o termo “ferida”, e seguindo esse conceito pode-se dizer o abalo gerado pelo trauma físico é um um choque mental agressivo, que excede a capacidade de entendimento e aceitação do indivíduo. Fisiologicamente, todos os pacientes que passam por essa experiência terão alguma reação negativa e dificuldades ao entender e preparar o próprio corpo para novos estímulos.
É necessário certa delicadeza e cuidado quando o assunto é trauma físico, porque cada qual passa pela situação de uma maneira, o importante é ter em vista que o apoio psicológico é necessário e fundamental em qualquer situação que envolva a reabilitação do amputado. Os números provam essa necessidade de maior atenção à causa quando observa-se o total de 45,6 milhões de pessoas que declararam ter algum tipo de deficiência física, segundo o IBGE. Sendo que deste universo muitos são pessoas que sofreram algum acidente e perderam membros do corpo, e principalmente elas são frutos da imprudência no trânsito em nosso país. Em 2011 segundo o DPVAT, 239 mil pessoas se tornaram inválidas permanentes no Brasil devido aos acidentes nas estradas.
Como lidar com o trauma físico?
Segundo o Hospital das Clínicas localizado em São Paulo, 10% das vítimas já perdem o membro no local do acidente, e felizmente 80% de todos os pacientes que passam pelo hospital tiveram a possibilidade de preservar o membro atingido.
Lembrando porém que o trauma físico não se caracteriza somente na perda do membro, mas sim em sua incapacidade de funcionamento.
O apoio psicológico é fundamental para o paciente que terá que aceitar o tratamento e redefinir os seus modelos de vida para superar diversos desafios impostos perante situações que antes eram simples. A família também faz parte desse universo de readequação, porque terão que dar total apoio para terem sucesso na aceitação e na reabilitação da pessoa. O indivíduo precisará da confiança na busca de novos relacionamentos e na conscientização de suas limitações e principalmente se sentir amado, querido e estimado. O indivíduo que sofre a amputação precisa entender completamente que ele ainda tem total controle sobre sua própria vida.
Alguns pacientes se adaptam normalmente às bruscas mudanças no corpo, mas outros se sentem incapazes e isso chega a se espelhar no comportamento e maneira de agir, assim o grande desafio começa quando não existe aceitação e é preciso ajustar o psicológico e o emocional.
Portanto a vida não para, e aqueles que sofreram algum trauma físico tem total possibilidade de encarar o mercado de trabalho, como Fernando Fernandes, ex BBB 2009, que continuou sua carreira e vida normalmente após superar o trauma de perder o movimento de suas pernas após um acidente de trânsito.
Como controlar a dor fantasma?
Geralmente pós as cirurgias de amputação, ou a perda de alguma parte do corpo por acidente, é possível que em alguns casos existam grandes ataques repetitivos de dores. Para controla-las, pode-se optar por: massagear o coto, tomar um analgésico, esfriar o coto ou tentar ocupar a mente sem ficar pensando na dor.
Exercícios físicos após trauma físico
A pessoa pode e deve fazer qualquer tipo de exercício do seu agrado: natação, corrida, dança, entre outras. Lembrando-se que deve primeiro averiguar se é possível fazer as adaptações necessárias as suas limitações. Isso ajudará a fortalecer o músculo, ganhar força e principalmente incentivar a melhoria do psicológico.
Vale ressaltar que as sessões de fisioterapia são complementares e excelentes para contribuírem no aumento de mobilidade e equilíbrio.
Famosos que sofreram traumas físicos
Roberto Carlos
O famoso cantor foi atropelado por uma locomotiva a vapor, precisou amputar parte da perna direita.
Fernando Fernandes
Foi ex BBB e modelo, em 2009 se envolveu em um acidente de carro no qual acertou um poste e as lesões na coluna o deixaram paraplégico.
Edson Dantas
O atleta Paralímpico foi empurrado entre a plataforma e o trem, sofrendo fratura exposta no braço direito e a perna direita amputada.
Paola Antonini
Enquanto a modelo estava colocando as malas dentro do carro para uma viagem ao Rio de Janeiro, foi atingida por um carro, onde perdeu uma das pernas.
A aceitação é a questão mais importante quando falamos de deficiência, pois ela trará algumas limitações que devem ser adequadas a um novo estilo de vida. Se o indivíduo consegue aceitar suas condições fica mais fácil de superar e vencer todos os desafios, compreendendo que a vida não foi interrompida, e sim terá que seguir novos objetivos e só então ele vencerá essa situação traumática.