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A mudança do cérebro masculino ao ser pai

cerebro muda quando se torna pai

Um filho muda totalmente a vida de casal, novas perspectivas, comportamentos, rotinas, tudo mudará. Cada dia será uma nova surpresa, uma nova descoberta. Mas sabia que o cérebro masculino passa por uma transformação nesse momento? Pois é, essa é a primeira mudança ao se descobrir pai!

Um estudo realizado em Israel, na Universidade Bar-Ilan, provou que o que chamamos de instinto maternal, na verdade também acontece no homem, isso se deve ao desenvolvimento de novas conexões de neurônios que só despertam quando o homem assume a paternidade.

E o mais interessante: essa mudança física vem da consciência de ser pai ou mãe. Ou seja, como diz aquele velho e conhecido ditado: “Pai e mãe são aqueles que criam.”

Saiba mais sobre o estudo

Esse teste foi realizado com dois tipos de grupos de casais: os pais biológicos de uma união hétero, onde ambos participavam do desenvolvimento da criança, e o outro grupo era formado por casais de uma união homoafetiva, onde a criança foi gerada em uma barriga de aluguel, e ambos cuidaram do bebê desde seu nascimento.

O intuito era analisar o comportamento e os estímulos cerebrais desenvolvidos após a paternidade em cada uma dessas pessoas. Para isso, primeiro foi feita uma análise do hormônio afetivo, oxitocina antes do parto e depois. Com a chegada do bebê, os cientistas acompanharam as atividades cerebrais dos pais através de ressonâncias magnéticas, em todos os testes eles viam logo antes do exame, alguns vídeos brincando com as crianças.

Todos os pais que participaram do experimento, tanto heterossexuais quanto os homossexuais apresentaram a ativação da rede de neurônios que une dois pontos de núcleos no cérebro humano: um responsável pelo aprendizado/experiência e o outro atenção/recompensa.

Um ponto curioso

No casal hétero, os cientistas notaram uma diferença, onde o pai teve uma maior atividade neural que indica dependência, onde o instinto paternal de se importar e cuidar do bebê só crescia conforme ele convivia com o filho. Já na mulher não, esse instinto estava presente desde o nascimento da criança.

Com isso, os cientistas poderiam concluir que a mulher realmente possui um instinto maternal forte, uma união com o bebê muito maior que o pai, mas a análise do outro grupo mostrou que não é bem assim.

Os pais de relacionamento homoafetivo possuíam o instinto paternal tão aflorado quanto o da mãe hétero, mostrando que o que muda e intensifica essa relação de pai e filho não é o sexo dos pais e sim o seu comprometimento e envolvimento com a criança, seja ela filho biológico ou não, e independente da união afetiva que o casal possuir.

Com esse estudo podemos concluir que: pai e mãe é quem quiser ser, quem se predispor a cuidar com amor, atenção e carinho de uma criança, chamá-la de filho e decidir que esse será o objetivo de sua vida. Não importa o tipo de relação que a pessoa tenha, nem se o filho é biológico ou adotivo, o amor realiza o necessário para que seu corpo e mente entendam que você está diante da sensação única na vida de ser pai ou mãe.

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