Na jornada da mente humana, encontramos um fenômeno intrigante e muitas vezes desconcertante: os pensamentos intrusivos. Em momentos inesperados, esses pensamentos invasivos surgem, desafiando nossas crenças e perturbando nossa paz mental. 

Para compreender esse fenômeno e como lidar com eles, é essencial explorar suas origens e características. Neste texto, mergulharemos fundo nesse assunto, oferecendo uma análise abrangente dos pensamentos intrusivos, seus possíveis gatilhos e seu impacto na saúde mental. 

O que são pensamentos intrusivos?

Os pensamentos intrusivos são pensamentos que aparecem de forma automática e repentina em nossa mente roubando toda a nossa atenção e causando sofrimento emocional. No entanto, geralmente são pensamentos de coisas muito desconexas com a realidade, como por exemplo, fazer alguma coisa que racionalmente você jamais faria: comer uma barata, xingar alguém, bater em alguém ou até mesmo pular na frente de um carro.

Ainda assim, somente o fato de pensar sobre traz uma carga emocional que faz com que a pessoa sinta um grau de ansiedade e/ou desconforto. Vale ressaltar que, esses pensamentos por aparecerem de forma involuntária acabam causando uma mudança no foco do que o indivíduo estava fazendo.

Dessa forma, pode fazer surgir emoções que dificultam a pessoa de trabalhar, de aproveitar um momento com a família ou até mesmo de sair com os amigos, tornando-se um sintoma disfuncional.

O que causam os pensamentos intrusivos?

As causas dos pensamentos intrusivos são variadas, mas dentre elas temos: transtornos de ansiedade, transtornos de humor, transtorno obsessivo compulsivo (TOC) e outras psicopatologias que estão associadas ao desenvolvimento da pessoa e o seu histórico familiar. 

Entretanto, isso não significa que só por ter um pensamento intrusivo há a presença de um transtorno mental. Este fenômeno é comum para todos os seres humanos em algum momento ou episódio de vida. 

Nesse sentido, os pensamentos intrusivos podem ser desencadeados por situações de estresse, traumas emocionais, mudanças significativas na vida ou até mesmo surgir sem um motivo aparente. 

Como lidar com este fenômeno psicológico?

Os pensamentos intrusivos são puramente pensamentos irracionais. Logo, a melhor forma de lidar com eles é desenvolvendo um raciocínio lógico e coerente sobre os mesmos. Diante disso, verifique se eles fazem algum sentido com a realidade ao seu redor.

Exemplo: você tem o pensamento de que poderia gritar e/ou xingar o seu chefe durante uma reunião de trabalho. No entanto, só o fato de pensar algo assim pode lhe causar um grau de ansiedade e não é interessante manter essa ansiedade sem fazer nada a respeito. 

Dessa maneira, a melhor solução é se questionar. Quais as chances de que eu faça algo assim? Quantas reuniões eu já vivi com meu chefe e nunca fiz nada desse tipo? Por que eu faria algo assim agora?.

Isso fará a sua mente perceber e entender que aquilo não se trata de um pensamento condizente com a realidade e livrando-se da ansiedade por transformar algo irracional em algo racional.

Como a psicoterapia pode ajudar?

Embora a ocorrência ocasional de pensamentos intrusivos seja considerada uma parte normal da experiência humana, quando esses pensamentos se tornam excessivos, persistentes e interferem significativamente na vida cotidiana, é fundamental procurar ajuda profissional. 

A psicoterapia, em particular a terapia cognitivo-comportamental, tem se mostrado eficaz no tratamento de pensamentos intrusivos problemáticos, ajudando as pessoas a desenvolverem habilidades para enfrentá-los de maneira saudável e reconstruir uma relação mais equilibrada com seus pensamentos e emoções. 

Ao abordar esse fenômeno com empatia e compreensão, podemos cultivar um ambiente de autocuidado e autocompaixão, facilitando o caminho para uma mente mais serena e resiliente.

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