A pressão estética é uma realidade onipresente em nossa sociedade contemporânea, exercendo um poderoso impacto não apenas na maneira como nos vemos, mas também em nossa saúde mental.
Este fenômeno, intrinsecamente ligado às normas e expectativas sociais sobre beleza e aparência, permeia nossas interações diárias, moldando nossa percepção de nós mesmos e dos outros.
Como a pressão estética aparece no nosso cotidiano
A pressão estética refere-se à influência e às expectativas sociais relacionadas à aparência física e ao padrão estético de beleza, uma sensação caracterizada pela “obrigação” ou pressão estabelecidas para se conformar a determinados ideais estéticos.
No entanto, essa pressão pode se manifestar de diversas maneiras, desde a publicidade que promove corpos e rostos “ideais” até comentários sobre a aparência das pessoas que não se encaixam nesse “padrão”.
Todavia, piadas aparentemente inofensivas e até comentários mais diretos sobre o peso, a pele ou o cabelo de alguém podem ter um impacto profundo na autoestima e na saúde mental das pessoas. Isso pois, reforçam ideais estéticos restritivos e perpetuam padrões prejudiciais.
As consequências dos padrões de beleza irreais
A princípio, a pressão estética frequentemente leva a preocupações com a imagem corporal. Dessa forma, as pessoas podem sentir-se inadequadas com sua aparência física, comparando-se com os padrões irreais de beleza promovidos pela mídia e pela sociedade.
Sendo assim, a busca incansável por um corpo considerado “ideal”, acaba levando muitas vezes a comportamentos alimentares prejudiciais para a nossa saúde.
Os distúrbios alimentares, no entanto, não apenas afetam a saúde física. Eles também possuem um impacto devastador na saúde mental, causando sentimentos de culpa, vergonha e desespero por tentar alcançar esses padrões de beleza.
Estratégias para lidar com as pressões estéticas.
Lidar com as pressões estéticas pode ser um passo desafiador, mas existem algumas estratégias que podem ajudar a promover uma relação mais saudável com a própria aparência. Estas são:
Desenvolver a auto aceitação
Trabalhar para desenvolver uma atitude positiva em relação ao seu corpo e aparência, reconhecendo e valorizando suas características únicas, é essencial. Isso ajuda a aprender a se aceitar, independentemente dos padrões de beleza impostos pela sociedade.
Limitar a exposição às mídias sociais
Reduzir o tempo gasto nas mídias sociais e limitar a exposição a conteúdos que promovem padrões de beleza são medidas importantes. Contudo, lembre-se de que as imagens nas redes sociais nem sempre refletem a realidade.
Questionar padrões de beleza
Desafiar ativamente os padrões de beleza impostos pela sociedade e pela mídia envolve reconhecer que a beleza é diversa, presente em todas as formas, tamanhos, cores e idades. Entretanto, não há um único padrão de beleza válido e estabelecido, o que por sua vez, nos instiga a questionar e rejeitar as normas que nos são impostas.
A importância da psicoterapia para combater as pressões estéticas
A psicoterapia pode desempenhar um papel crucial no combate às pressões estéticas, pois acaba oferecendo um espaço seguro e acolhedor para explorar e abordar os complexos desafios emocionais e psicológicos relacionados à imagem corporal e autoestima.
Conversando com um psicólogo é possível:
1. Explorar as origens da angústia com as pressões estéticas
A psicoterapia permite que os indivíduos explorem as origens das pressões estéticas desenvolvidas em suas vidas. Isso inclui experiências passadas, mensagens culturais e sociais, traumas emocionais e também, a influências das mídias sociais.
2. Identificar de padrões de pensamentos disfuncionais
Muitas vezes, as pressões estéticas estão ligadas aos padrões de pensamentos disfuncionais, como autocrítica intensa, comparação constante e perfeccionismo. Logo, um psicólogo pode te mostrar o caminho para entender esses pensamentos.
3. Desenvolver estratégias de enfrentamento saudáveis
Os psicólogos podem colaborar com os pacientes para desenvolver estratégias de enfrentamento mais saudáveis e eficazes para lidar com as pressões estéticas estabelecidas pela sociedade.
Portanto, na psicoterapia, os pacientes podem aprender a reconhecer e valorizar mais as suas qualidades para além da aparência física cultivando também, a autovalorização e confiança em si mesmos.
