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Robô encontra sinais de medo no cérebro e os trocam por lembranças positivas

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Embora pareça algo muito futurista, a notícia é real. Um grupo de cientistas sob a liderança de Ai Koizumi, da Universidade de Kyoto e Osaka, desenvolveu o Robô Psicológico, capaz de identificar pontos com lembranças traumáticas no cérebro e enviar estímulos positivos ao local. Além de ser muito eficiente, essa terapia não possui a necessidade de que o paciente fique contando e relembrando o momento ruim para que ele possa ser tratado.

Como funciona o procedimento

A tecnologia possui a capacidade de decodificar as respostas neurológicas, fazendo assim uma varredura cerebral. A imagem com as áreas afetadas são expostas na tela do computador, identificando todos os pontos que possuem a ação das memórias traumáticas. A terapia será realizada com diversas sessões onde toda vez que o local afetado for identificado, ele receberá estímulos positivos, para que estes fiquem registrados no lugar dos traumas, diminuindo assim seu impacto no cérebro.
Não se trata de apagar uma memória e sim de diminuir o seu impacto e importância, onde ela passará a ter um significado de alguma recompensa.
Para tal finalidade, não é necessário que o paciente pense no momento traumático, pois a varredura mostra toda a área que recebe a ação do inconsciente, ou seja, mesmo quando não pensamos em algo ruim nosso cérebro está ativo se defendendo de uma possível repetição do mal estar, então ele continua em atividade cerebral no local afetado, gerando assim a qualquer momento a ativação dessa memória indesejada. Com o tratamento, assim que essa atividade começa a surgir, ele ativa no cérebro as memórias positivas e isso de pouco a pouco substitui a ação das atividades negativas.

Como foram feitos os experimentos

O estudo foi publicado na revista Nature Human Behavior, 17 voluntários, foram submetidos a sessões de choque elétrico breve sempre que visualizavam uma imagem específica em um computador. Enquanto estavam em repouso, os cientistas perceberam que havia atividade cerebral relacionada ao medo do choque, mesmo quando eles não estavam pensando sobre o assunto. Então decidiram recompensar os voluntários (sem que eles soubessem o porquê do prêmio) toda vez que essa atividade aparecia, eles recebiam uma espécie de pagamento de acordo com a intensidade da atividade. Essa ação teve uma duração de 3 dias e ao final, nenhuma atividade cerebral relacionada a esse medo apareceu na varredura.
O cérebro passou a prever uma ação positiva quando via a imagem, no lugar de imaginar o choque que receberam.

Benefícios do tratamento

A amostra foi pequena, mas por ter eficiência de 100% alegrou os cientistas que darão continuidade no estudo. Com a pesquisa concluída e comprovada, pacientes com transtorno pós traumático poderão receber tratamentos de forma mais rápida e sem passar por momentos estressantes.

Talvez em um breve futuro, pacientes que sofrem de traumas profundos, poderão ter uma vida de forma mais digna sem passar por diversas sessões de tratamento onde a memória dos incidentes tenham que ser constantemente resgatadas, o que gera desconforto e dor. O robô promete ser mais um passo da ciência em direção ao controle de distúrbios sérios que desestabilizam todo o emocional e a vida do paciente.

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