Detectar sinais de autismo pode ser desafiador devido à sua ampla variação e complexidade. Muitas vezes, os sintomas podem se manifestar de maneiras sutis e variadas, dificultando a identificação precoce.
Além disso, a falta de conscientização e compreensão sobre o espectro autista pode levar a interpretações errôneas de comportamentos típicos. Logo, os sinais podem ser confundidos com características de personalidade ou atribuídos a outros transtornos, dificultando o diagnóstico preciso.
Como saber se o seu filho tem autismo?
É possível que muitas pessoas estejam mais familiarizadas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) do que nunca. No entanto, ainda há incertezas sobre como identificar os sinais dessa condição em crianças, jovens e adultos.
Entre as instituições que oferecem avaliação diagnóstica para o TEA está a APAE, reconhecida por seu tratamento especializado em deficiência intelectual. Através do Ambulatório de Diagnóstico, profissionais capacitados examinam sinais típicos do autismo e realizam avaliações completas para identificar o transtorno.
Durante o processo diagnóstico são investigadas possíveis características que incluem dificuldades na interação social, linguagem/comunicação e comportamentos repetitivos, visando uma compreensão abrangente das necessidades do paciente.
10 sinais de autismo
Quanto mais cedo for dado o diagnóstico, melhor é para aquele que possui o Transtorno do Espectro Austista (TEA). Portanto, identificar sinais de autismo é fundamental para garantir intervenções precoces e adequadas que possam melhorar a qualidade de vida e promover o desenvolvimento das habilidades individuais.
O ideal é que haja o reconhecimento dos sinais para que assim, um especialista seja buscado para maior orientação. No entanto, os principais sinais de autismo são:
1. Dificuldades na comunicação verbal e não verbal
Pode incluir atrasos no desenvolvimento da linguagem, falta de resposta a chamadas pelo nome, dificuldade em iniciar ou manter uma conversa e uso repetitivo de palavras ou frases (ecolalia). Por exemplo, uma criança pode não reagir quando chamada pelo nome ou pode evitar o contato visual durante uma conversa.
2. Barreiras na interação social
Indivíduos com autismo podem ter dificuldade em estabelecer e manter relacionamentos interpessoais, mostrar pouco interesse em compartilhar experiências ou emoções uns com os outros. Além disso, também apresentam dificuldades em compreender e responder às emoções dos outros. Por exemplo, uma pessoa pode preferir ficar sozinha em situações sociais ou ter dificuldade em entender as regras não escritas da interação social.
3. Comportamentos repetitivos ou restritos
Isso pode incluir movimentos repetitivos do corpo (como balançar as mãos ou bater a cabeça), fixações intensas em determinados objetos ou padrões de comportamento e resistência a mudanças na rotina. Por exemplo, uma criança pode insistir em seguir a mesma rotina todos os dias ou se envolver em movimentos repetitivos quando está ansiosa.
4. Sensibilidade sensorial
Pessoas com autismo podem ser hiper ou hipo sensíveis a estímulos sensoriais como luzes brilhantes, ruídos altos, texturas de alimentos ou toques físicos. Por exemplo, uma pessoa pode cobrir os ouvidos em resposta a sons altos ou evitar certos alimentos devido a sua textura.
5. Fascinação por padrões ou objetos específicos
Indivíduos no espectro autista podem mostrar um interesse intenso e persistente em padrões visuais, objetos específicos ou partes de objetos. Por exemplo, uma criança pode ficar fascinada por rodas em movimento ou alinhar brinquedos em vez de brincar com eles.
6. Dificuldade na compreensão e expressão de emoções
Pessoas com autismo podem ter dificuldade em entender suas próprias emoções e as emoções dos outros, bem como expressar seus sentimentos de maneira adequada. Por exemplo, uma pessoa pode rir em situações inadequadas ou parecer indiferente ao sofrimento dos outros.
7. Padrões de sono irregulares
Problemas de sono, como insônia ou dificuldade em adormecer e acordar regularmente durante a noite, são comuns em pessoas com autismo. Por exemplo, uma criança pode ter dificuldade em adormecer sem uma rotina específica ou acordar várias vezes durante a noite.
8. Problemas na coordenação motora
Algumas pessoas no espectro autista podem ter dificuldades com habilidades motoras finas ou grossas, como amarrar os sapatos, usar talheres ou praticar esportes. Por exemplo, uma pessoa pode ter dificuldade em segurar um lápis corretamente ou em coordenar os movimentos ao praticar esportes.
9. Interesses restritos e intensos
Indivíduos com autismo podem ter interesses extremamente focados em áreas específicas, como trens, números, ou astronomia. Esses interesses muitas vezes são incomuns em sua intensidade ou foco. Por exemplo, uma pessoa pode memorizar informações detalhadas sobre um assunto específico e falar sobre ele incessantemente.
10. Dificuldades na compreensão de metáforas ou linguagem figurativa
Pessoas com autismo podem ter dificuldade em entender expressões idiomáticas, metáforas ou linguagem não literal. Por exemplo, uma criança pode interpretar uma expressão como “estar com um nó na garganta” de forma literal, pensando que há um nó físico na garganta.
Os graus de autismo
Vale ressaltar que, não é necessário gabaritar a lista de sinais de autismo para de fato ser diagnosticado com autismo. O TEA possui diferentes níveis e em graus mais leves, pode ser até mesmo complicado de haver uma percepção do transtorno. Por isso, não se diagnostique sozinho e muito menos dê o diagnóstico para o outro, procure um especialista!
Logo, a fim de promover a conscientização, conheça os graus de autismo:
Grau 1 (Nível 1)
Este é o grau mais leve de autismo. Indivíduos com TEA de grau 1 geralmente têm dificuldades sociais sutis e podem parecer “excêntricos” ou “estranhos” para os outros. Eles podem ter dificuldades em iniciar ou manter conversas, podem preferir rotinas previsíveis e podem ter interesses limitados ou intensos em tópicos específicos.
Grau 2 (Nível 2)
Este grau de autismo é moderado. As dificuldades sociais e de comunicação são mais pronunciadas, e os indivíduos podem precisar de mais suporte para funcionar em situações sociais e na vida cotidiana. Eles podem ter dificuldades em compreender as emoções dos outros, podem exibir comportamentos repetitivos mais óbvios e podem ter interesses restritos e intensos.
Grau 3 (Nível 3)
Este é o grau mais grave de autismo. Indivíduos com TEA de grau 3 têm dificuldades significativas em todas as áreas de funcionamento, incluindo comunicação, interação social e comportamento. Eles podem ter uma capacidade limitada de comunicação verbal ou não verbal, podem precisar de apoio substancial para realizar tarefas cotidianas e podem exibir comportamentos desafiadores, como agressão ou autolesão.
Os desafios para quem tem autismo
Para uma pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA), os desafios podem variar desde dificuldades de comunicação e interação social até sensibilidades sensoriais intensas.
O preconceito muitas vezes se manifesta na falta de compreensão e aceitação das necessidades e comportamentos autistas. Por exemplo, quando alguém assume que uma pessoa com TEA está agindo de forma estranha ou inadequada, sem considerar as peculiaridades do seu neurodesenvolvimento.
Isso pode levar a exclusão, isolamento e dificuldade de acesso a oportunidades educacionais e profissionais. É importante promover a conscientização e a aceitação da diversidade neurocognitiva para construir uma sociedade mais inclusiva e acessível para todos.
Como lidar com alguém da família que tem autismo?
Lidar com um membro da família que tem autismo pode ser desafiador. Entretanto, o ideal é que haja a conscientização do tema para a promoção de um ambiente inclusivo e acolhedor para a pessoa em questão.
Se você possui algum familiar que é diagnosticado com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), não precisa se sentir inseguro ao lidar com ele. Entendendo as particularidades do autismo você pode, em pequenas atitudes, demonstrar que se importa e entende todas as limitações existentes. Algumas dicas são:
- Compreender e respeitar as preferências sensoriais da pessoa autista, como evitar barulhos altos ou texturas desconfortáveis;
- Estabelecer uma rotina previsível e consistente, pois isso pode trazer segurança e estabilidade para a pessoa com autismo;
- Utilizar uma linguagem clara e direta, evitando metáforas ou linguagem figurativa que possam causar confusão;
- Promover atividades que estimulem os interesses específicos da pessoa autista, valorizando suas habilidades e paixões;
- Estar aberto ao diálogo e à comunicação não verbal, respeitando os diferentes modos de expressão da pessoa com autismo.
Assista o vídeo abaixo e saiba mais sobre o universo do TEA tanto para quem sofre, quanto para quem convive com alguém que possui o diagnóstico:
Como a Telavita pode te ajudar?
Diante das complexidades de lidar com um membro da família diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), as pressões sociais e as angústias podem se tornar esmagadoras. É compreensível que você se sinta sobrecarregado, sem saber ao certo como lidar com essas situações.
Nesses momentos desafiadores, é fundamental encontrar um apoio que compreenda suas dificuldades e ofereça as ferramentas necessárias para enfrentá-las. É aqui que a Telavita entra em cena como uma poderosa aliada.
Imagine ter acesso a profissionais especializados em autismo, prontos para fornecer orientações personalizadas e estratégias eficazes para lidar com as pressões sociais, adaptar o ambiente familiar e promover o bem-estar tanto da pessoa com TEA quanto de toda a família?
