Kate Pearson sempre teve uma relação conturbada com a comida. Quando criança, gostava de ir à sorveteria favorita com o pai, com quem tinha uma relação muito boa. Porém, após um grande trauma cujo o pai foi protagonista, ela encontrou nos alimentos a saída para a tristeza. A personagem de This Is Us, série americana da emissora NBC, traça um histórico da compulsão de Kate e vai muito além dos quilos, afinal a compulsão alimentar faz parte da ordem psicológica e não só estética.

A arte imita a vida. A atriz Chrissy Metz, que deu vida à Kate Pearson, também passou por episódios difíceis e traumáticos em sua vida. O padrasto da atriz constantemente a ofendia por conta do seu peso e a fazia passar por diversas situações humilhantes, como se pesar na frente dele e o ouvir caçoar de sua imagem. A coisa ficou pior quando o abuso se tornou físico e o padrasto passou a bater em Chrissy, mas nunca em seu rosto, sempre no corpo que, de acordo com ela, o ofendia intensamente.

As história de Kate e Chrissy são exemplos de que comer compulsivamente tem raízes mais profundas do que aparentam. O preconceito e a falta de informação são grandes inimigos do problema, já que muita gente critica a compulsão alimentar como se as pessoas que sofrem disso escolhessem conscientemente ter esse complexo.

Compulsão alimentar: O que é?

O transtorno alimentar compulsivo se dá quando há a perda de controle sobre o consumo de alimentos e pessoa os ingere de forma compulsiva. É o mais comum dos distúrbios alimentares e muitas vezes causam sobrepeso ou obesidade, quadro preocupante pela predisposição à doenças cardiovasculares.Diferentemente da bulimia e da anorexia, aqui não há comportamento compensatório, como indução de vômito.

Comer rapidamente, em grandes quantidades e até sentir-se cheio é um dos sinais do transtorno de compulsão alimentar periódica. Às vezes, o paciente prefere fazer suas refeições sozinho por vergonha e culpa e também costuma comer mesmo sem estar com apetite.

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1 – Comer escondido

As pessoas que comem compulsivamente busca fugir das críticas, dos olhares e do julgamento alheio a todo custo, nem que isso as coloque na posição de ter que se retirar do ambiente social e procurar um momento a só com os alimentos. Essa relação mostra que a compulsividade alimentar por aqueles que vivem comendo escondido é encarada com vergonha pelos que sofrem do transtorno.

2 – Comer sem fome

Alguns alimentos podem trazer imensa sensação de prazer, como os açúcares e carboidratos. Na busca pelo prazer e pela compensação de emoções negativas, muitas pessoas ingerem alimentos desse tipo sem mesmo ter necessidade de comer. O alimento, então, vira combustível para apaziguar emoções e dar tranquilidade aos sentimentos em desequilíbrio.

3 – Comer até passar mal

Acho que comi demais

Essa fala é muito comum entre aqueles que comem compulsivamente e não enxergam limite entre o bem-estar e saúde. Comer até passar mal não é saudável e gera inúmeros desconfortos no estômago, fígado e afins. É preciso enter que o corpo tem o seu limite, e a comida, também.

4 – Sentir culpa após se alimentar

A vontade de comer chega e o descontrole toma conta. Mas o que resta depois dos episódios compulsórios é culpa. A maioria das pessoas que sofrem do transtorno sabem que extrapolaram e sentem peso na consciência. Isso acontece ainda mais com quem passar por dietas restritivas e perdem o controle profundamente pelo desespero de ficar sem comer.

5 – Comer para suprir necessidades emocionais

Assim como Kate Pearson, muitas pessoas que sofrem de doenças psicológicas como depressão e ansiedade, ou que estão passando por momentos difíceis na vida, encontram na comida a válvula de escape para todas as angústias emocionais. A fome emocional vem pra suprir a falta, seja ela de emoções positivas, de afeto ou de vontades. Quem sofre de doenças psicológicas como depressão ou ansiedade, tem uma grande propensão ao comer compulsivo.

6 – Comer rápido demais

Sentir muita fome pode fazer com que a ansiedade em receber toda aquela fonte de prazer seja feita com muita rapidez. Por isso, muitas pessoas que sofrem desse transtorno alimentar compulsivo podem se alimentar de forma muito rápida, o que pode prejudicar a digestão e causar problemas nesse quesito.

7 – Expressar descontentamento com a aparência, peso ou autoestima.

A baixa autoestima pode ser um dos gatilhos para a compulsão. Sentir-se mal consigo mesmo, seja psicologicamente ou na aparência, pode gerar angústia e frustração, o que é apaziguado pela sensação de bem-estar que o ato de comer proporciona.

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