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Síndrome das pernas inquietas e suas consequências

pernas inquietas

Sentir dor nas pernas ao se deitar para dormir não é normal. Entenda o que é a síndrome das pernas inquietas e quais os seus principais sintomas.

O sono é uma necessidade básica de todo o ser humano, já que dele dependem inúmeras funções do organismo, como a restauração dos tecidos, o aumento da massa muscular, a liberação do hormônio do crescimento, a consolidação da memória e até do próprio aprendizado. Além disso, dormir bem e ter um sono reparador é essencial no desenvolvimento de todas as atividades que realizamos durante o dia, afinal, o cansaço causado pela privação do sono pode gerar toda a sorte de problemas e abrir as portas para doenças mais sérias, como estresse, ansiedade e depressão.

Os distúrbios do sono já atingem cerca de 45% da população mundial, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). Indivíduos com insônia, apneia do sono ou outros tipos de síndromes do sono, sofrem com alterações nos padrões ou nos hábitos de dormir.

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O Instituto do Sono listou a síndrome das pernas inquietas como integrante do grupo de distúrbios do sono e esse é um problema que já acomete 15% da população mundial.

Síndrome das pernas inquietas

Já imaginou sentir formigamento nas pernas ao relaxar ou dormir? Ou então um grande tremor nas pernas durante a noite? Portadores da Síndrome de Willis-Ekbom, ou síndrome das pernas inquietas, como é popularmente conhecida, sofrem com esses e mais sintomas de forma rotineira. Sentir as pernas quentes ou ter constantes arrepios e pontadas nas pernas também são sinais do distúrbio.

“A intensidade pode variar de leve a grave e diminui com o movimento. Em geral, eles se manifestam a noite e impedem que a pessoa tenha um sono reparador. Como consequência, no dia seguinte, ela está sonolenta, cansada, mais propensa a irritar-se facilmente e à depressão”, informa o portal do Dr. Drauzio Varella.

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A síndrome é caracterizada por um grande desconforto e uma incontrolável necessidade de movimentar as pernas. Geralmente, “esses episódios costumam ocorrer no final da tarde ou à noite, enquanto o paciente encontra-se sentado ou deitado. A mudança de posição e a movimentação das pernas alivia o desconforto temporariamente. Os sintomas são comuns durante o sono ou quando o paciente encontra-se inativo por muito tempo”, afirma o Manual MSD.

É normal que o paciente apresente também movimentos periódicos dos membros inferiores a cada 40 segundos, com duração de 2 a 4 segundos cada. O grande problema da síndrome é que muitos pacientes demoram para procurar um especialista, postergando o diagnóstico e, consequentemente, o tratamento. Embora a doença de Willis-Ekbom possa dar as caras em qualquer idade, ela é mais comum nos adultos acima de 40 anos.

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Qual a causa da síndrome das pernas inquietas?

Embora as causas ainda não sejam amplamente conhecidas, sabe-se que a síndrome das pernas inquietas é hereditária.  Além disso, a deficiência de dopamina, o hormônio do prazer e bem-estar, e de ferro em áreas motoras do cérebro auxiliam na ocorrência de movimentos involuntários e repetitivos.

Diferentemente da insônia e outros distúrbios, no caso da síndrome das pernas inquietas, a dificuldade para dormir tem como principal causa desequilíbrios neurológicos. Segundo o Manual MSD, “insuficiência renal, diabetes mellitus de longa data e doenças neurológicas são as principais causas. Na metade dos pacientes, porém, a origem é genética e não há outras doenças associadas”.

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Síndrome das pernas inquietas: qual médico procurar?

Os especialistas capazes de diagnosticar a síndrome das pernas inquietas são os médicos clínicos gerais e neurologistas. Para que esses profissionais possam diagnosticar a doença, eles geralmente encaminham o paciente para uma polissonografia, “um exame não invasivo que mede a atividade respiratória, muscular e cerebral (além de outros parâmetros) durante o sono. As informações são coletadas por sensores espalhados pelo corpo e analisadas por computadores que transformam os dados em padrões que descrevem em detalhes como é o descanso do indivíduo”, informa a Revista Saúde.

Exames laboratoriais também ajudam na confirmação do diagnósticos, como a dosagem dos teores de ferritina e transferrina, substâncias que transportam o ferro no sangue.

Quais os tratamentos para síndrome das pernas inquietas?

A Síndrome de Willis-Ekbom não tem cura, mas ela tem tratamento. Um dos meios de como tratar síndrome das pernas inquietas é o uso de medicamentos como benzodiazepínicos, que agem no controle da ansiedade e insônia. Em casos mais graves, “pode-se recorrer a medicamentos, como o pramipexole e o ropinele, que estimulam os receptores de dopamina no cérebro sem aumentar seu nível no sangue periférico’, observa o portal do Dr. Drauzio Varella.

Aliar a medicação à terapia é fundamental nos casos em que a síndrome das pernas inquietas causa doenças psicológicas como depressão, ansiedade, estresse e cansaço crônico. Assim, os efeitos que as noites mal dormidas têm nos pacientes se tornam menores e controladas, afinal, o psicólogo auxilia justamente nos gatilhos.

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É vital que o consumo de cafeína, álcool e cigarro sejam erradicados da vida do paciente, já que são estimulantes e podem elevar os níveis de ansiedade e agitação. Estar atento aos sinais e procurar ajuda o quanto antes é fundamental no tratamento da síndrome, pois retarda os  efeitos psicológicos e físicos que ela pode causar.

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