Sem causas definitivas, o sonambulismo é um distúrbio do sono que afeta não só as noites dos pacientes, mas também a sua saúde física e mental.

O dramaturgo, poeta e ator inglês, William Shakespeare, já chamava a atenção para o problema lá no século 17. Em uma de suas maiores obras, o clássico MacBeth, a personagem Lady Macbeth vive um episódio de sonambulismo, eternizado tanto pela obra shakesperiana quanto pelo quadro do pintor suíço Henry Fuseli, “Lady Macbeth Vagando Durante o Sono”, no século 18.

Shakespeare sempre abordou os mistérios do cérebro e as questões psicológicas por trás do drama. O sonambulismo “é um distúrbio que se manifesta durante o estágio mais profundo do sono, o sono de ondas lentas, não-REM”, explica o portal do Dr. Drauzio Varella. O problema é classificado como uma parassonia, ou seja, “comportamentos episódicos, não desejáveis ou desagradáveis que ocorrem no início do sono, durante o sono ou no despertar. Podem ocorrer nos momentos de transição do sono e vigília”, complementa o portal do Hospital Israelita Albert Einstein.

O dramaturgo, poeta e ator inglês, William Shakespeare, já chamava a atenção para o problema lá no século 17. Em uma de suas maiores obras, o clássico MacBeth, a personagem Lady Macbeth vive um episódio de sonambulismo, eternizado tanto pela obra shakesperiana quanto pelo quadro do pintor suíço Henry Fuseli, “Lady Macbeth Vagando Durante o Sono”, no século 18.

Shakespeare sempre abordou os mistérios do cérebro e as questões psicológicas por trás do drama. O sonambulismo “é um distúrbio que se manifesta durante o estágio mais profundo do sono, o sono de ondas lentas, não-REM”, explica o portal do Dr. Drauzio Varella. O problema é classificado como uma parassonia, ou seja, “comportamentos episódicos, não desejáveis ou desagradáveis que ocorrem no início do sono, durante o sono ou no despertar. Podem ocorrer nos momentos de transição do sono e vigília”, complementa o portal do Hospital Israelita Albert Einstein.

Os distúrbios do sono consistem em alterações nos padrões ou nos hábitos de dormir. Essas dificuldades relacionadas ao sono incluem a insônia, ronco e apneia do sono, sonambulismo, bruxismo, síndrome das pernas inquietas e narcolepsia, segundo o Instituto do Sono. Os distúrbios do sono no Brasil já atingem cerca de 72% da população,  segundo um estudo da Royal Philips. Entre os brasileiros, a insônia é a primeira da lista de queixas, seguida da apneia.  Na América Latina, o índice é de 75%.  

As consequências da insônia na saúde: leia tudo sobre o tema aqui! 

Esse distúrbio faz com que a pessoa realize atividades motoras enquanto as suas funções cerebrais permanecem adormecidas. Na maioria dos casos, as pessoas não se lembram do que fizeram enquanto estavam no estado de sonambulismo.

Conheça alguns tipos de distúrbios do sono e suas consequências!

Os casos de sonambulismo são mais comuns durante a infância, conhecido como sonambulismo infantil, e ocorre em cerca de 20% das crianças de 3 a 10 anos. Nada impede que o problema possa se desenvolver em idades mais avançadas.Os homens têm mais predisposição a desenvolver essa parassonia.

Causas do sonambulismo

Ainda não se sabe ao certo o que causa o sonambulismo, mas acredita-se que os fatores genéticos podem aumentar o risco do distúrbio aparecer. “Nas crianças, a desordem pode estar correlacionada com o processo de amadurecimento do cérebro e costuma desaparecer com o crescimento sem deixar vestígios. Nos adultos, em geral, os episódios se repetem ao longo dos anos e são desencadeados, na maior parte das vezes, por níveis altos de estresse físico e mental”, informa o portal do Dr. Drauzio Varella.

É preciso, também, se atentar aos fatores de risco para o sonambulismo, como noites mal dormidas, doenças psicológicas (como ansiedade e depressão), problemas respiratórios (como asma e apneia do sono), febre, consumo de álcool e drogas e o uso de alguns medicamentos.

A insônia crônica pode causar depressão e ansiedade. Leia mais.

Sintomas de sonambulismo

O sonambulismo e seu significado tem origem no latim,  somnus, “sono” e ambulare, “marchar, passear”. Ou seja, o sintoma mais claro é o que o indivíduo perambula por aí com os olhos abertos, porém sem expressão. Os sintomas diferem de caso para caso, mas os mais comuns envolvem:

  • Sair da cama e andar pela casa;
  • Apresentar expressão vazia e olhos abertos, porém vagos;
  • Fazer atividades rotineiras, como arrumar a cama;
  • Não responder o chamado dos outros;
  • Apresentar desorientação;
  • Ter pouca ou nenhuma memória do que ocorreu durante o episódio sonâmbulo;
  • Desenvolver estresse, mau humor e sonolência diurna;
  • Entre outros.

“São menos comuns os casos em que o sonâmbulo sai de casa, caminha pelas ruas ou dirige automóvel, por exemplo. Qualquer que seja a situação, porém, ao acordar, ele se mostra aturdido e desorientado por algum tempo, porque o episódio ocorre em fases profundas do sono. Pode também reagir com alguma agressividade nesses momentos. O intrigante é que, apesar de ter perambulado pela casa durante a noite, no dia seguinte, a pessoa não dá sinais de cansaço e sonolência”,aponta o portal do Dr. Drauzio Varella.

Como tratar o sonambulismo

Por ser um distúrbio do sono benigno, é comum que o sonambulismo desapareça em determinado momento. Porém, quando ele persiste ou se torna perigoso para o paciente e as pessoas que o cercam, medicamentos que combatem estresse e ansiedade podem ajudar, além da psicoterapia como método de análise das causas e controle dos sintomas.

O Dr. Drauzio Varella ainda recomenda que, para aqueles que convivem com pessoas sonâmbulas, algumas medidas devem ser tomadas, como:

1) Com o ambiente:

  • trancar portas e janelas e retirar as chaves das fechaduras; 
  • colocar telas ou grades de proteção nas janelas;
  • bloquear o acesso às escadas;
  • não permitir que o sonâmbulo durma na parte superior das beliches;
  • guardar facas e tesouras em locais de dificil acesso;
  • retirar das passagens móveis e objetos em que a pessoa possa tropeçar.

2) Com a rotina diária do paciente:

  • não ingerir bebidas alcoólicas;
  • evitar atividades perto da hora de dormir que mantenham o paciente em estado de alerta, como o computador, videogame, televisão, etc;
  •  cultivar hábitos saudáveis de vida: a alimentação balanceada e a prática de atividade física ajudam a combater o estresse responsável por crises de sonambulismo;
  • respeitar o ciclo de sono e vigília: o paciente deve ser estimulado a ir para cama sempre no mesmo horário, todos os dias da semana, inclusive sábados e domingos;
  • não se automedicar: alguns medicamentos, em vez de ajudarem, comprometem mais ainda a qualidade do sono.

Lady MacBeth vagou, vagou e vagou até não saber mais o que era real ou fruto do seu sono e noites mal dormidas. Para que o sonambulismo não se paute a sua vida, agende uma consulta com um psicólogo especializado no assunto. Saiba como a TelaVita, plataforma ímpar na psicologia online, pode te ajudar. Conheça mias sobre os benefícios da orientação psicológica online.

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