O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade, também chamado de TDAH ou DDA é muito mais comum do que imaginamos, só no Brasil registra-se em média 2 milhões de casos por ano (segundo dados do Hospital Israelita A. Einstein).

Outro ponto muito importante de compreendermos, não só quem possui o transtorno, mas todos é o de que ele não possui cura, mas tem tratamento. Mas como então algumas pessoas “se curam” do TDAH quando adultas?

O TDAH

O Dados

Como dito acima, o TDAH não tem cura, mas pode ser tratado. Quando detectado ainda na infância e a criança recebe os tratamentos necessários, ela pode desenvolver mecanismos que a fazem se adaptar ao transtorno, ou seja, ela passa a controlar o déficit de atenção podendo levar uma vida com maior domínio sobre as tarefas diárias que precisa exercer.

Devido a este fator, temos os dados de que: 5% das crianças possuem TDAH e 2,5% dos adultos continuam sendo afetados com os sintomas na fase adulta.

O que é o TDAH

Este é um transtorno de característica neurobiológica, onde sua manifestação ocorre por propensão genética, e ele acompanha a pessoa por toda sua vida, podendo ser controlado. Quem o possui, costuma apresentar atitudes impulsivas, hiperativas, descontrole emocional e falta de atenção. Quando não tratado, o paciente terá uma grande dificuldade de se relacionar e alcançar os objetivos de sua vida, pois não consegue se concentrar, manter o foco e esquecem facilmente de suas tarefas e obrigações, além de terem acessos de raiva e agressividade.

Os Sintomas

O sintomas mais comuns em pessoas com o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade são:

  • Momentos de humor que variam com presença de raiva, ansiedade ou excitação;
  • A presença de comportamentos como: falta de moderação, irritabilidade, impulsividade, hiperatividade, inquietação e agressividade;
  • Na cognição afeta a concentração, tira a atenção e aumenta o esquecimento;
  • Pode também acompanhar o TDAH a dificuldade de aprender e sintomas depressivos.

O Tratamento

O diagnóstico e tratamento deverá ser realizado com o acompanhamento do psicólogo, pediatra (no caso infantil), neurologista e psiquiatra. Grupos de apoio e terapia cognitivo-comportamental também são necessários para maior eficiência. O uso de medicamentos será determinado pelos profissionais responsáveis, os estimulantes são os mais indicados para esse transtorno.

O mais importante é a compreensão e aceitação da pessoa com TDAH na sociedade, principalmente na fase infantil, o ambiente escolar e a família devem ser bem instruídos em como lidar com a situação e entender que o tempo e paciência serão indispensáveis para a adaptação e melhor desenvolvimento da criança.

Dados interessantes e importantes para ressaltar

  • No Brasil há um registro de mais de 2 milhões de pessoas por ano com TDAH;
  • Metade dos pacientes que recebem o tratamento correto durante a infância, conseguem controlar o transtorno na fase adulta;
  • Não existe cura, mas possui um tratamento efetivo;
  • Na infância a proporção é de a cada 4 meninos, 1 menina possui TDAH;
  • Na fase adulta o número de homens e mulheres afetados é equilibrado;
  • Quando criança, os sintomas mais característicos são: hiperatividade e impulsividade;
  • Quando adultos, o déficit de atenção é o sintoma que mais se ressalta;
  • Pessoas com TDAH costumam ter uma estimativa de vida menor, pois o descontrole emocional geralmente os levam a dependências químicas ou à acidentes;
  • Apenas 20% das pessoas com TDAH recebem o diagnóstico da doença (pesquisa realizada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

O principal fator para a pessoa que precisa de tratamento não se informar é o preconceito da sociedade e do próprio paciente, onde a confirmação de um distúrbio mental é visto como algo que não possui controle, que está associado a demência ou que determinados comportamentos acontecem por falta de educação e má criação dos pais (isso tudo é fruto da falta de informação). Neste momento, é importante pensar no que trará uma melhor qualidade de vida para a pessoa, não em rótulos ou estereótipos criados pela sociedade.

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