Última atualização em 18 de outubro de 2019

Os produtos fitoterápicos fazem parte da medicina popular, com eles são elaborados os famosos chás medicinais das receitinhas das vovós que são passadas de geração a geração.

Esses produtos não possuem estudo científico, mas seu benefício é reconhecido pela Anvisa e eles não necessitam de receitas para serem comprados.

A diferença entre produtos fitoterápicos e medicamentos fitoterápicos

Os medicamentos fitoterápicos também possuem plantas em suas fórmulas, mas eles tem seu benefício comprovado cientificamente e em sua composição há a adição de produtos sintéticos.

Já os produtos fitoterápicos fazem parte da medicina popular, ou seja, seu benefício é passado por gerações, não possuem adição de produtos químicos e não foram testados em laboratórios.

O uso indiscriminado de produtos fitoterápicos

Alguns produtos, se usados de forma errada ou em excesso podem causar males ao organismo. É muito importante a prudência, se a pessoa também faz algum tipo de tratamento específico com medicamentos receitados, o uso de plantas ao invés de auxiliar pode agir de forma negativa sobre o remédio quando somado ou cortar o seu efeito.

A Calêndula, por exemplo que é um cicatrizante e ótima para problemas hepáticos, se consumida em grande quantidade pode causar depressão, enjoos e ataques de raiva. Já a Arnica, também usada na cicatrização, não deve de forma alguma ser consumida via oral. O Hipérico, que funciona como um anticoncepcional, quando consumido com um medicamento com o mesmo fim, pode na verdade aumentar as chances de uma gravidez. Então, procure sempre se orientar antes de começar qualquer uso de produto, mesmo fitoterápicos.

Algumas plantas medicinais e seus benefícios

Abaixo listamos algumas ervas que podem ser consumidas com moderação como chás:

  • Açafrão (Curcuma longa) – combate o envelhecimento precoce, é antioxidante e anticancerígeno. Se consumido em grande quantidade é tóxico;
  • Agrião (Nasturtium officinale) – diurético e anti-inflamatório. Efeito abortivo, gravidas precisam evitar esta erva;
  • Alcaçuz (Glycyrrhiza glabra) – usado contra problemas relacionados a pulmão e a respiração em geral. Não pode ser usado mais que 6g ao dia, ou causará aumento da pressão arterial;
  • Alho (Allium sativum) – anticancerígeno e combate ao colesterol. Não é recomendado para quem tem alergia ao produto ou problemas gástricos;
  • Boldo (Peumus boldus) – combate a inflamação e o surgimento de pedra na vesícula. Não pode ser usado por grávidas, pessoas com problema de fígado, rins e asma;
  • Camomila (Matricaria chamomilla) – anti-inflamatória. tônico digestivo e estimula o apetite. Não pode ser consumida por quem toma algum tipo de anticoagulante, grávidas também devem evitar a erva;
  • Canela (Cinnamomum verum)– combate gases e má digestão. Pessoas de organismo sensível devem prestar atenção em seu consumo, podem mostrar tendências a alergia;
  • Capim-limão (Cymbopogon citratus)analgésico, anti-reumático, combate os gases e auxilia na digestão. Não é recomendado o uso para dores abdominais sem saber a procedência do problema;
  • Carqueja (Baccharis trimera)– reduz a taxa de glicose, é anti- inflamatória e combate o aparecimento de úlceras. Não deve ser consumida por quem tem pressão baixa;
  • Erva Cidreira Brasileira (Lippia alba) – antiespasmódico e analgésico;
  • Erva Doce (Pimpinella anisum) – combate a gastrite, cólicas infantis e mal hálito. Grávidas não devem usá-la;
  • Eucalipto (Eucalyptus) – combate febre, dores ciática, estimula a defesa do organismo e alivia dores. Pessoas com asma seca devem evitar o uso;
  •  Guaco (Mikania glomerata Spreng) – cicatrizante de feridas, úlceras e  trata varizes. Aumenta o fluxo da menstruação;
  • Pata de vaca (Bauhinia forficata) – combate o inchaço, diabete, anti-inflamatória e protege a parede dos vasos sanguíneos. Grávidas e hipoglicêmicos não podem consumi-la;
  • Tamarindo (Tamarindus indica) – vermífugo e auxilia na prisão de ventre;
  • Tomilho (Thymus vulgaris) – combate tosse e resfriado. Não deve ser usado por crianças com menos de 2 anos, grávida, pessoas com úlcera ou hipertireoidismo;
  • Verbena (Verbena officinalis) – combate ansiedade e tensão nervosa, tensão pré-menstrual, digestiva, diurética e calmante. Não deve ser usada por grávidas.

Apesar de ser uma tradição cultural muito antiga da humanidade o uso de plantas medicinais tem se tornado cada vez maior em nossa época. É muito importante que consulte um médico para validar as possibilidades de consumo e efeitos, lembrando que gestantes precisam tomar cuidado redobrado, pois muitas plantas não possuem um estudo profundo e efeitos comprovados. A chance de risco é muito menor do que de um medicamento normal, mas tudo consumido às cegas e sem uma noção de quantidade correta poderá causar estragos no organismo a longo tempo.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.