Última atualização em 24 de abril de 2024
Frases como “estou com uma tristeza profunda” ou “sinto tristeza profunda” podem não ser tão comuns de serem ouvidas, afinal, é difícil alguém confidenciar emoções tão densas. Entretanto, caso as ouça, é importante saber que acolher e realmente ouvir o que o outro tem a dizer é o primeiro passo para ajudar alguém que precisa.
Abrir a sua dor para o próximo não é algo tão simples assim. São nossas fraquezas e cicatrizes que, geralmente, são o que mais queremos esconder, afinal, expor essas questões podem dizer quem realmente somos.
É complicada essa relação entre nós e o próximo. Estar sentindo tristeza profunda, então, é somente um componente que obscurece a tentativa de abertura. Entretanto, isso não significa que a pessoa precisa se fechar.
A própria tristeza não precisa ser entendida como algo ruim. Ela é necessária como um equilíbrio para a felicidade e possibilita um momento maior de introspecção necessária no cotidiano. Mas tudo tem limite. Se o sentimento se prolongar e começar a fazer parte da sua rotina, saiba que isso não é nada saudável e pode indicar sérios problemas.
“Estou profundamente triste”
Existem dias e dias. Em certos deles, o céu está cinza e nublado. O peso no corpo é indescritível e levantar da cama parece uma tarefa hercúlea. Ver pessoas e conversar com elas é impensável. Ficar sozinho parece a única opção viável.
A profunda tristeza pode ter causas bem claras: decepções, angústias ou certos sofrimentos que são capazes de afetar o nosso ser. A perda de um ente querido, também, consegue ter efeito devastador ou às vezes, simplesmente não estamos no melhor dos nossos dias.
Se sentir para baixo é normal e acontece com qualquer pessoa. Não há como se prevenir da tristeza ou evitar que ela aconteça. No entanto, é melhor saber identificá-la para que os seus efeitos não se tornem patológicos. Reconhecer a condição é importante para evitar que a situação se agrave e, por exemplo, evolua para uma depressão.
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Sintomas
E quais os sintomas de tristeza profunda? Aliás, é possível falar nisso? Bem, certamente existem alguns reflexos no comportamento da pessoa quando ela está passando por esses sentimentos angustiantes. Sendo assim, há alguns sintomas que podem ser observados.
Quando a tristeza se generaliza pelo corpo, geralmente, o indivíduo pretende ficar solitário quando está nessa condição. Não gosta de ficar perto de outras pessoas e não expressa vontade em realizar atividades habituais. O desânimo está completamente relacionado a essa condição.
É complicado falar em curar a tristeza. Isso ocorre pois trata-se de um sentimento com diversos reflexos na pessoa. Ela irá passar e, por isso, não é necessário ter pressa, pois é uma etapa necessária do crescimento. No entanto, é preciso ficar atento quando a condição não melhora com o tempo.
Tristeza profunda e depressão
Ao falar sobre tristeza profunda é preciso também comentar sobre depressão. Afinal, esse sentimento forte pode se tornar algo mais pesado. Portanto, é fundamental observar e compreender o que está acontecendo de fato com a pessoa.
O psicólogo Guy Winch comenta que “nossa confusão pode nos levar a negligenciar uma condição séria que requer tratamento (depressão) ou, no outro extremo do espectro, exagerar um estado emocional normativo (tristeza)” diz o especialista para o Psychology Today.
A tristeza profunda, geralmente, é um dos componentes que definem a depressão. Entretanto, a diferença deve ficar clara. A depressão é uma doença psicológica, em que diversos sintomas devem estar presentes por, pelo menos, 2 semanas. Do outro lado, temos um sentimento forte e doloroso, mas passageiro.
Ou seja, a tristeza pode ser um dos desencadeadores da depressão. A coordenadora do Serviço de Psicologia do Einstein, Ana Merzel, ressalta quais são essas situações. “É importante ficar atento quando a tristeza é frequente e tem impacto no cotidiano, gerando dificuldade em realizar as atividades de vida diária, como se relacionar e trabalhar”, diz Merzel.
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A importância do acompanhamento psicológico
Os sentimentos de tristeza podem desamparar o indivíduo, e essas emoções não precisam ser enfrentadas sozinha. Sendo assim, a terapia surge como uma opção interessante. Através dela e com a ajuda de um psicólogo, a pessoa poderá compreender o que está acontecendo e aprender a lidar melhor com os sentimentos.
Esse é um momento de autorreflexão. O indivíduo terá um espaço reservado para aprender mais sobre si mesmo. Somente para ele. Essa ênfase é importante, pois será realizado um trabalho para fortalecimento das faculdades mentais focado no paciente.
Através disso, será possível entender como diversos agentes influenciam o cotidiano e como lidar melhor com cada um deles. Portanto, em qualquer situação, o acompanhamento psicológico é recomendado.
