Você conhece o poder do otimismo? Calma, esse texto não se trata de algum livro ou palestra sobre motivação. Pelo contrário, busca entender como o fato de ser uma pessoa otimista pode influenciar a vida de alguém, sob o ponto de vista de estudos científicos.
Então, para solucionar essa questão, diversos pesquisadores procuraram compreender a relação entre esse comportamento e os supostos benefícios sempre anunciados. Não é brincadeira, o otimista foi, de fato, estudado.
O que os estudos dizem sobre a pessoa otimista?
Pois é, caro amigo pessimista que está lendo, existem realmente benefícios no pensamento otimista. Diferentes artigos acadêmicos já trataram sobre o assunto e apontaram melhora na saúde, qualidade de vida e até expectativa de vida no ser otimista.
Para investigar mais sobre o otimismo, os cientistas desenvolveram duas formas confiáveis de medir a característica. O primeiro método, conhecido por otimismo disposicional, mede a expectativa de uma pessoa em relação ao futuro. Já o segundo método, chamado estilo explicativo, procura compreender como alguém explica boas e más notícias a outras pessoas.
Ainda não foi possível verificar nas pesquisas o que exatamente ocorre nesses casos e como a motivação e otimismo levam a estas condições. Entretanto, já são levantadas algumas hipóteses sobre essa relação. Vamos a elas!
A primeira hipótese, publicada na revista Harvard Men’s Health Watch, sugere que o comportamento pode ser um fator chave. Pessoas mais positivas tendem a possuir rotinas saudáveis, constroem redes sociais fortes e tomam cuidados médicos mais conscientes – o que explicaria as melhores condições de saúde e vida.
As outras possibilidades estão associadas aos fatores biológicos e hereditários, capazes de influenciar no bem estar geral dos indivíduos positivos. É claro que ainda temos muito a investigar e descobrir sobre o assunto, já que não há tantas evidências. Mas, um pouquinho de otimismo não faz mal a ninguém.
O otimismo melhora a saúde
Os pensamentos de otimismo podem favorecer a saúde de diferentes formas. Essa característica é capaz de melhorar aspectos mais simples, como possibilitar uma melhor noite de sono, como também impulsionar o sistema imunológico.
No sono
Um estudo publicado na Behavioral Medicine e conduzido pela pesquisadora Rosalba Hernandez, procurou entender a relação entre a positividade e a qualidade de sono nas pessoas.
A análise de 3.548 participantes demonstrou que aqueles com maiores índices de positividade tiveram maior probabilidade de dormir de 6 a 9 horas por noite e, ainda, tinham 74% menos chance de ter insônia.
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Na imunidade
“Fica claro que, para a questão de saber se o otimismo é bom ou ruim para a imunidade: a resposta é sim”. A conclusão do artigo “Optimism and immunity: Do positive thoughts always lead to positive effects?” publicado na “Association for Psychological Science” não deixa dúvidas quanto ao efeito da positividade na saúde.
O estudo foi realizado com 124 estudantes do primeiro ano de Direito durante 6 meses.“O otimismo disposicional e as expectativas específicas parecem proteger o sistema imunológico dos efeitos dos estressores psicológicos”, complementa o artigo.
No tratamento de doenças
As atitudes otimistas também podem produzir resultados médicos mais favoráveis. Uma pesquisa publicada na “Journal of Thoracic Oncology” acompanhou 534 adultos com câncer de pulmão com esse intuito. A descoberta: os pacientes mais otimistas em relação a doença obtiveram resultados mais favoráveis do que aqueles com uma disposição pessimista. Aliás, viveram 6 meses a mais.
“Esse benefício potencial de 6 meses relacionado a uma atitude otimista é mais impressionante quando se considera que o tempo médio de sobrevida para essa população de pacientes com câncer de pulmão é inferior a um ano”, explicou o investigador principal do estudo, Paul Novotny.
Otimismo e positividade: a chave para uma vida longa e boa
Para alguns, ser feliz é poder desfrutar de uma vida plena, longeva e sem estresse. Nesses casos, otimismo e felicidade podem andar de mãos dadas. Afinal, os pensamentos positivos parecem influenciar exatamente nesses fatores.
Uma pesquisa publicada na “Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America” procurou compreender a influência do otimismo na longevidade humana. Para tal, foram analisadas 69.744 mulheres e 1.429 homens.
“Os resultados sugerem ainda que o otimismo está especificamente relacionado a uma vida útil de 11 a 15% mais longa, em média, e a maiores chances de alcançar uma ‘longevidade excepcional’, ou seja, viver até os 85 anos de idade ou mais”, diz o artigo.
A pesquisa ainda enfatiza que essa relação independe de status socioeconômico, condições de saúde, depressão, integração social e comportamentos, como por exemplo, tabagismo, dietas e uso de álcool.
Saiba dos malefícios que o vício pode causar na sua saúde mental!
A qualidade de vida também está ligada aos pensamentos otimistas, segundo estudo conduzido pela Mayo Clinic. Os pacientes foram avaliados inicialmente na década de 1960 com um teste de personalidade. 30 anos depois, 447 pacientes completaram outra avaliação sobre seu estado de saúde. Nos resultados, os pessimistas relataram pior funcionamento físico e mental.
Além disso, é possível que o otimismo seja um mecanismo importante para controlar o estresse, segundo pesquisa realizada pela Universidade de Concordia. O estudo acompanhou 135 pessoas com mais de 60 anos durante 6 anos. Os resultados mostraram que o cortisol (“hormônio do estresse”) tende a ser mais estável naqueles com personalidades mais positivas.
Se você não botava fé de que aquele seu amigo otimista estava certo, quem sabe a ciência consegue te dar um empurrãozinho? Para te ajudar a entender mais sobre si mesmo, a dica é apostar no autoconhecimento. A Telavita pode te ajudar! Com profissionais capacitados e com experiência, você pode aprender a ser otimista sem sair de casa.
Minha tia era otimista e adepta da homeopatia e viveu 91 anos. Era irmã da minha mãe que viveu 76 anos e, “seguia” a alopatia!